Como na P-35, trabalhadores foram obrigados a utilizar conjuntos autônomos.
Imprensa da FUP
Durante cinco dias, a gerência da Reduc, segundo denúncias do Sindipetro Duque de Caxias, manteve a produção da Caldeira de CO, com trabalhadores utilizando na área conjuntos autônomos de respiração, devido a um vazamento contínuo de monóxido de carbono na tubulação que alimenta a fornalha.
O vazamento teve início no último dia 27 e, apesar dos riscos que o CO provoca, a Reduc manteve a caldeira produzindo a pleno vapor. No dia 31, após fiscalização e notificação do INEA (Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro), a refinaria realizou uma manobra operacional, convertendo o CO em CO2 (gás carbônico), já que não existe legislação ambiental para controle deste gás na atmosfera.
Repetindo P-35
Na Bacia de Campos, 22 trabalhadoresm da P-35 foram intoxicados por um
vazamento de CO no dia 26 de setembro e, assim como fez a Reduc, a gerência da plataforma não parou em qualquer momento a produção. Dos 194 petroleiros a bordo, 80% foram contaminados, sendo que 22 desembarcaram, dos quais três ficaram hospitalizados.
A Petrobrás só emitiu CATs, após cobrança da FUP que denunciou o fato na mesa de negociação. Ao invés da empresa ordenar a parada imediata da plataforma, orientou os trabalhadores a usarem conjunto autônomo
para manter a produção. A plataforma só foi parada após denúncia do Sindipetro-NF. No dia 21 de outubro, fiscais do Ministério Público do Trabalho interditaram a unidade, após constatarem riscos no sistema de gás inerte, por conta do vazamento de monóxido de carbono, e no tanque SLOP de água produzida, devido também a um vazamento de outro tipo de produto (H2S). A P-35 continua parcialmente interditada.