Três trabalhadores terceirizados foram demitidos por aderirem à assembléia que deliberou a greve de 24h, "em defesa da vida" no dia 22/08.
PELO RETORNO IMEDIATO DOS COMPANHEIROS LUIZ CARLOS TEIXEIRA, ALMYR SILVA E RUTINALDO DE SOUZA AOS SEUS POSTOS DE TRABALHO NA PLATAFORMA DE VERMELHO 2.
No dia 14/10/11, em um ataque extremamente covarde, a empresa Elfe demitiu os trabalhadores Luiz Carlos Teixeira, Almyr Silva e Rutinaldo de Souza, que corajosamente estiveram presentes no dia na assembléia que deliberou pela greve de 24h no dia 22/08/2011 “em defesa da vida e contra o descaso com a segurança de vôo no Norte Fluminense”.
Estes trabalhadores, como todos os outros que participaram da assembléia, só queriam um meio de terem suas vozes ouvidas, buscando defender suas próprias vidas e a vida de todos que embarcam nas condições precárias da Bacia de Campos.
Tal atitude é ainda mais covarde quando se observa que nem mesmo houve a paralisação do trabalho por parte destes empregados demitidos, haja vista que o movimento foi suspenso horas antes do inicio do turno destes. E na manhã do dia 22/08 estes iniciaram o turno normalmente.
Sem dúvida alguma a responsabilidade imediata pelas demissões destes companheiros pertence aos senhores Luís Fernando Dias de Souza (Geplat) e Francisco Luis Pereira da Silva (Suman), que assediaram moralmente os trabalhadores dizendo que a participação na greve “traria conseqüências” para os trabalhadores, contrariando a própria constituição federal.
Porém, temos clareza de que há também a responsabilidade da gerencia do contrato entre a Petrobrás e a ELFE, da administração superior da Petrobrás e da própria ELFE para efetuar esse tipo de punição.
Diante dessa união de gerentes, supervisores, direção da Petrobrás e das empresas contratadas, tudo para punir trabalhadores que não fizeram nada além de manifestar sua indignação, a resposta adequada é a união dos trabalhadores em defesa de nossos companheiros.
É de conhecimento de todos que os trabalhadores injustamente demitidos não possuíam em seu histórico na unidade nada que lhes desabonasse a conduta, eram profissionais de alta qualidade técnica, mantinham ótimo relacionamento com todos os colegas de trabalho e contribuíam imensamente para os bons resultados da unidade, apesar da precarização e do sucateamento impostos pela gerência da empresa.
Já a ausência desses trabalhadores na unidade, além do mal-estar que gera devido ao motivo torpe da mesma, vem prejudicando de forma significativa as atividades de manutenção, essenciais para a segurança operacional de uma plataforma de petróleo, e afetando a composição das equipes de emergência, as quais podem representar a diferença entre a vida e a morte dos trabalhadores embarcados no caso da ocorrência de acidentes.
Por isso subscrevemos este abaixo-assinado solicitando o retorno imediato dos trabalhadores demitidos aos seus postos de trabalho, assim como o fim das práticas antissindicais e perseguições da Petrobrás e empresas terceirizadas aos trabalhadores que estiveram presentes na assembléia do dia 22/08/2011 e de outras mobilizações.