Uma nova audiência que pode decidir o impasse está marcada para segunda-feira, às 11h.
Oficialmente, a greve dos Correios está mantida. A maioria das assembleias estaduais, ocorridas nesta quarta-feira (5), feitas pelos trabalhadores das empresas dos Correios, decidiu rejeitar a proposta de conciliação formalizada entre empresa e representante dos servidores, a Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect). A proposta de acordo foi firmada durante reunião de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), na terça-feira (4).
Uma nova audiência que pode decidir o impasse está marcada para segunda-feira, às 11h, quando a federação deverá comunicar oficialmente a decisão à ministra Maria Cristina Peduzzi, que presidiu a primeira audiência.
Estados como Minas, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Acre, Sergipe, Espírito Santo, Mato Grosso, Paraíba, Bahia, Amazonas, Rio de Janeiro e DF foram contrários a proposta.
Segundo nota emitida pela Fentect, era esperado um entendimento na busca de uma solução para o impasse e para que o dissídio coletivo não fosse a julgamento. Trinta e cinco sindicatos integram a Fentect e seriam necessários 18 votos para referendar o acordo.
A proposta encaminhada e rejeitada nas assembleias previa 6,87% de reposição da inflação, retroativo a agosto (data-base da categoria), e um aumento real de R$ 80 a partir de 1º de outubro. Dos 21 dias da greve contabilizados até então, 15 seriam compensados em finais de semanas e seis seriam descontados a partir de janeiro de 2012, parcelados em 12 vezes.
Os trabalhadores, por sua vez, exigem aumento salarial linear de R$ 200, reposição da inflação em 7,16% e aumento do piso salarial de R$ 807 para R$ 1.635, além de mais contratações.
“Não falta muito para um acordo. Porém, essa nova proposta foi muito ruim, ficou pior do que a que tínhamos antes. Ontem perdemos uma ótima oportunidade para encerrar a greve. Mas a empresa, além de ser intransigente, também lhe falta habilidade para negociar”, declarou o dirigente José Gonçalves de Almeida, o Jacó, que integra o Comando de Negociação da Greve, que hoje entra em seu 22º dia. Ele se refere ao fato de os carteiros terem perdido o abono de R$ 500.
Confira nota da Fentect aqui
Confira nota do TST aqui