Para pressionar a empresa a cumprir com a legislação trabalhista, cerca de 300 trabalhadores da Worktime decidiram fazer dois dias de greve.
Sindipetro Unificado de São Paulo
Sob gritos de "eira, eira, eira, Petrobrás é caloteira", e usando nariz de palhaço, cerca de 300 trabalhadores da Worktime, empresa que presta serviços para a Petrobrás no Edifício Sede de São Paulo (Edisp), à Av. Paulista, 901, decidiram realizar dois dias de greve (19 e 20, com avaliação do movimento na quarta, 21) para pressionar a empresa a cumprir com a legislação trabalhista e pagar corretamente a rescisão contratual.
Com o fim do contrato com a Petrobrás, a Worktime chamou individualmente os trabalhadores e os ameaçou de não recontratar quem não pedisse demissão, abrindo mão de 40% do FGTS entre outros direitos.
Fundo garantidor
Uma das bandeiras da campanha dos petroleiros é pelo Fundo Garantidor para os trabalhadores terceirizados, como forma de acabar com essa palhaçada de as empresas darem calote nos empregados ao final de cada contrato.
"Está na hora de a Petrobrás assumir sua responsabilidade e criar mecanismos para que essas empresas não deem calote nos trabalhadores", afimou o diretor do Unificado, Itamar Sanches.
Campanha reivisndicatória
O Sindicato promoveu, em conjunto com as reivindiações dos funcionários da Worktime, um ato pela VIDA, por mais segurança na Petrobrás. Na madrugada do domingo para a segunda-feira, outro trabalhador perdeu a vida no sistema Petrobrás. Rosynaldo Marques, oficial de náutica da Transpetro, morreu durante incêndio no navio Diva, que se encontrava no Rio de Janeiro. Este é o segundo acidente fatal em setembro, o 15º no ano e o de número 309 desde 1995.
Esses números alarmantes só reforçam a convicção de que a questão da segurança é um temas centrais da campanha reivindicatória. Nesta quarta, 21, a FUP realiza um ato nacional, no Rio de Janeiro, pela vida e pelas principais bandeiras da campanha reivindicatória.