Governo reconhece necessidade de novas políticas de SMS e de terceirização na Petrobrás

A questão foi tratada em reunião com o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, no último dia 19





Imprensa da FUP

Em reunião com o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, no último dia 19, a FUP, os eletricitários e o MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) tornaram a denunciar a situação caótica que vivem os trabalhadores nos Sistemas Petrobrás e Eletrobrás, em função da insegurança e da precarização geradas pela terceirização. Desde o governo passado, a FUP vem reiterando a urgência de mudanças na gestão de SMS e na política de terceirização da Petrobrás, chegando a apresentar à presidenta Dilma um levantamento das mortes por acidentes de trabalho na empresa, desde 1995.  

O ministro declarou que governo federal quer discutir esta questão com as representações sindicais e propôs a realização de um fórum com participação dos trabalhadores, da Petrobrás e da Eletrobrás.

 

Plataforma Operária e Camponesa para Energia

A reunião com o ministro Gilberto Carvalho teve por objetivo cobrar uma posição do governo em relação às propostas apresentadas pelos trabalhadores e movimentos sociais para um novo modelo energético para o país. Construídas coletivamente por petroleiros, eletricitários, urbanitários e movimentos sociais (MAB, MST e MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores), as propostas estão expressas na Plataforma Operária e Camponesa para Energia, que foi apresentada no dia 03 de junho ao ministro. A intenção é construir uma comissão com participação dos trabalhadores e movimentos sociais, governo, Ministério Público e universidades públicas para discutir mudanças na política do setor de energia e água.

O ministro informou que a presidenta Dilma quer dar continuidade ao debate com os trabalhadores e movimentos sociais e autorizou a instalação da Mesa de Diálogo da Plataforma Operária e Camponesa de Energia, que, inicialmente,  se reunirá a cada dois meses.

Reduzir a terceirização nos setores petróleo e elétrico é uma das propostas da Plataforma, que reitera grande parte das reivindicações dos movimentos sociais expressas no Projeto de Lei 531/2009, em tramitação no Senado. Entre elas, estão a defesa do monopólio estatal do petróleo e a busca por tecnologias energéticas alternativas. A Plataforma também defende a estatização do setor elétrico, mudanças na política tarifária de energia, redução dos preços do gás de cozinha, mudanças no atual padrão de consumo e na política de financiamento público, medidas estruturantes para garantia dos direitos dos atingidos por barragens, entre outras propostas.