Nesta quinta-feira (16), a central e outras entidades do Fórum do Setor Naval do Rio de Janeiro, entre elas a FUP, protestaram em frente ao Edise…
Com informações da CUT-RJ
A CUT-RJ repudia a tentativa de privatização do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Petrobrás (PROMEF), que pode acontecer se a Petrobrás repassar à recém criada empresa Sete Brasil, com capital majoritariamente privado, a responsabilidade pela construção de 49 navios contratados pelo programa.
Nesta quinta-feira (16), a Central e outras entidades do Fórum do Setor Naval do Rio de Janeiro, entre elas a FUP, realizaram pela manhã um ato em frente ao Edifício Sede da Petrobrás (Edise), no Rio de Janeiro, para denunciar mais este ataque ao patrimônio público a ao povo brasileiro.
Após o ato, representantes dos metalúrgicos, da FUP, da CUT e demais entidades que compõem o Fórum do Setor Naval apresentaram à Petrobrás documento repudiando mudanças no Promef, programa que tem sido fundamental para a retomada do setor naval brasileiro e geração de empregos e renda.
Leia abaixo o documento apresentado pelo Fórum do Setor Naval do Rio de Janeiro
A Petrobrás, com apenas 10% do negócio, junto com os fundos de pensão (Previ, Petros, Funcef e Valia) e os bancos Bradesco e Santander, somando os outros 90%, formaram a empresa Sete Brasil, com o objetivo inicial de construir as sondas necessárias à exploração do petróleo do Pré-sal pela Petrobrás.
Acontece que agora, além de construir as sondas, a Petrobrás pretende repassar à Sete Brasil os 49 navios contratados pelo PROMEF (Programa de Modernização e Expansão da Frota da Petrobrás). Na prática, isto significará a privatização do programa, visto que além de repassar a esta nova empresa a responsabilidade pela construção, também repassará a propriedade destes ativos.
Os problemas políticos não param por aí, pois todos os riscos do PROMEF já foram superados, como a revitalização dos estaleiros existentes e a construção do estaleiro Atlântico Sul, o financiamento garantido pelo Fundo da Marinha Mercante e pelo BNDES, com juros subsidiados e prazos bem maiores do que os praticados pelo mercado, além do fato de que as tarifas a serem pagas à Petrobrás no afretamento serão maiores, para remunerar o capital desta nova empresa formada por banqueiros.
No caso concreto de se confirmar a doação dos contratos do PROMEF para a Sete Brasil, a frota da Transpetro passará novamente a caminhar para a curva da morte, visto que os navios que possui são em sua grande maioria de casco simples e que por força de lei serão obrigados a deixar de navegar.
A Petrobrás passará a ser a única empresa de petróleo que não terá frota própria para transportar seu negócio, o petróleo.
Fórum do Setor Naval do Rio de Janeiro
CUT-RJ
CTB
Força Sindical
CNM-CUT
Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro
Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói
Sindicato dos Metalúrgicos de São Gonçalo
Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis