Enquanto a Petrobrás intensifica nacionalização de suas encomendas, Eike Batista opta pela indústria estrangeira

A Petrobrás anunciou esta semana o início das licitações para contratação de mais 21 novas sondas de perfuração marítima





Imprensa da FUP

A Petrobrás anunciou esta semana o início das licitações para contratação de mais 21 novas sondas de perfuração marítima, priorizando, também, a construção destas unidades pela indústria nacional.  A empresa já havia iniciado no início do ano a contratação de sete sondas para exploração em águas ultra-profundas. No último dia 03, a Petrobrás realizou o batismo da primeira plataforma totalmente construída no Brasil, a P-56, que recebeu o nome de Luiza Erundina. 

No ano passado, a Transpetro também lançou ao mar três navios produzidos no Brasil. Até então, o último petroleiro construído no país havia sido adquirido pela empresa há 13 anos. Ao participar da solenidade de batismo da P-56, o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, questionou a política de SMS da Petrobrás, ressaltou o papel estratégico da empresa no fortalecimento da indústria nacional e criticou a postura inversa do empresário Eike Batista. Dono de um estaleiro e de uma petrolífera, ele optou por gerar emprego e renda no exterior, ao encomendar em Cingapura as plataformas para explorar os campos de petróleo que adquiriu nos leilões de concessão. 
Após se apropriar de recursos que deveriam ser utilizados pelo Estado em prol do país, Eike Batista deixa claro que não tem compromissos com o povo brasileiro. O que importa para ele são os cifrões que coleciona às custas de privatizações de bens estratégicos, como minérios, gás e petróleo. Mais do que nunca, torna-se imperativo aos movimentos sociais lutar contra a 11º Rodada e construir uma agenda unitária em defesa do PLS 531/2009, que restabelece o monopólio estatal do petróleo e gás, através da Petrobrás 100% pública.