Outras pautas também foram debatidas na primeira reunião da mesa permanente, nesta quinta (5)…
Na primeira reunião da comissão permanente de negociação, formada por membros do governo e representantes do movimento sindical, realizada nesta quinta-feira (5), o ministro Gilberto Carvalho, da secretaria Geral da Presidência, deixou claro que, nas mesas de negociações serão discutidos também temas de interesse do governo como, por exemplo, desoneração da folha e combate à miséria. Gilberto, inclusive, já agendou a reunião com o Secretário-Executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, para discutir desoneração da folha (no dia 11, às 16h00) e ficou de marcar uma data para um encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para discutir a pauta econômica do governo. O ministro agendou também uma reunião mais ampla – com pelo menos dez representantes de cada central sindical – para debater o programa de combate à pobreza, no dia 25/5, às 16h00. Propostas para acabar com o Fator serão discutidas no dia 2 de junho, quando, segundo o ministro, será apresentada a posição do governo sobre o tema.
O presidente da CUT Artur Henrique iniciou a reunião listando os itens da pauta que têm consenso entre as centrais, como por exemplo, redução da jornada para 40 horas sem redução de salário, o fim do Fator Previdenciário, o combate a terceirização e a regulamentação das convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que trata da negociação coletiva no setor público (151) e a que estabelece regras para demissão de trabalhadores (158).
Para Artur, a reunião foi positiva, pois, além de definir uma agenda prioritária para discutir a pauta dos trabalhadores, o governo atendeu uma reivindicação da CUT que é participar das discussões sobre os projetos do governo, como a desoneração da folha, por exemplo. “Somos contra a desoneração da forma como ela vem sendo apresentada pela imprensa e queremos participar do debate, não apenas tomar conhecimento do projeto. Em primeiro lugar, não é verdade que desonerar gera emprego. Além disso, queremos debater os impactos da desoneração na seguridade social. A verdade é que temos apresentado um conjunto de propostas para enfrentar a questão da injustiça tributária que queremos debatê-las com o governo”.
Além dos itens onde há consenso, Artur listou outros pontos da pauta apresentada hoje que são prioridade para a CUT, mas que não contam com o apoio das demais centrais sindicais. Entre eles, o fim do imposto sindical e a implementação da contribuição sobre a negociação coletiva.