O diálogo com os trabalhadores em greve das obras comandadas pela Camargo Corrêa depende da autorização da Força Nacional…
Por volta das 6 horas desta terça-feira (22), a delegação cutista presente em Rondônia realizou uma assembleia com cerca de cinco mil trabalhadores da usina Santo Antônio para definir as reivindicações que serão apresentadas na negociação com a empresa Odebrecht, responsável pela construção da hidrelétrica.
As atividades foram paralisadas na última sexta-feira (18) por precaução após os conflitos que tomaram conta da usina Jirau, no dia 15. Ambas fazem parte do complexo hidrelétrico do Rio Madeira.
O secretário nacional de Administração e Finanças da CUT, Vagner Freitas, desmentiu os boatos de que ocorreram conflitos em Santo Antônio e que dirigentes cutistas estariam impedidos de sair do local. “Ao lado do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Rondônia – Sticcero – trabalhamos para reunir a base e fechar os pontos da pauta que nortearão a campanha salarial”, afirmou.
De acordo com o secretário de Políticas Sociais da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom), Luiz Carlos José de Queiroz, os operários irão cobrar da empresa 30% de reajuste salarial, o direito de voltar para suas regiões de origem a cada 90 dias com passagens fornecidas pela Odebrecht, melhorias na cesta básica e no convênio médico, com inclusão dos familiares, além de melhores condições no alojamento. “Foi somente depois de toda essa pressão que os patrões resolveram negociar”, comentou.
A vez de Jirau – À tarde, uma outra assembleia também com participação dos representantes da CUT deve acontecer em Jirau.
Porém, o diálogo com os trabalhadores em greve das obras comandadas pela Camargo Corrêa depende da autorização da Força Nacional, que ocupa a usina desde o dia 17 por conta dos conflitos.