SEGURANÇA NO TRABALHO OFFSHORE: Até 40% dos acidentes não são notificados, diz auditor

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Sindipetro-NF

Em uma exposição que detalhou a forma como o Ministério do Trabalho atua na fiscalização das condições de segurança do trabalho em áreas industriais, o auditor fiscal Carlos Alberto Saliba revelou que entre 25% e 40% dos acidentes de trabalho não são devidamente notificados.

Ele destacou o papel das normas regulamentadoras e, especialmente, do Anexo II da NR-30, e informou que já foi publicada e vai entrar em vigor em abril outra norma, a NR-34, que prevê as condições necessárias para o trabalho em instalações navais — envolvendo atividades em altas temperaturas, em altura, sob radiação, jateamento e hidrojateamento, pintura, montagem de andaimes, instalações elétricas provisórias, entre outras.

O auditor afirmou que, na Bacia de Campos, os casos mais preocupantes de insegurança são as de plataformas que passaram por ampliações e modificações.

Ele falou ainda sobre os riscos de passar a considerar “normais” anormalidades no processo industrial, situações chamadas pelos fiscais por “anormalidade normal”. São casos em que falhas parciais são reparadas com adaptações nas próprias indústrias, procedimento que acaba sendo tido como normal.

“Há sempre um somatório de prenúncios antes dos acidentes. Pequenas falhas, sem a devida atenção, viram tragédias”, afirmou.

Saliba esteve entre os participantes de Painel na manhã de hoje na Conferência Sindical Internacional Segurança no Trabalho Offshore, no Teatro do Sindipetro-NF, em Macaé.