Enquanto o Brasil comemora o fortalecimento da Petrobrás e seu crescimento dentro e fora do país, os gestores da empresa colocam em risco a imagem da estatal
Imprensa da FUP
A Petrobrás divulgou os resultados recordistas de 2010, cujo lucro de R$ 35,2 bilhões foi o maior de todos os tempos e 17% superior ao de 2009. Um resultado que só foi possível em função do empenho coletivo dos trabalhadores próprios e terceirizados. A Petrobrás já é a terceira maior empresa de energia do mundo, atrás somente das multinacionais Shell e Chevron. Mais do que “excepcionais”, como classificou seu diretor financeiro, os resultados recordistas da empresa são a prova da importância, cada vez maior, do trabalho dos petroleiros para a economia e a soberania nacional.
Mas, enquanto o Brasil comemora o fortalecimento da Petrobrás e seu crescimento dentro e fora do país, os gestores da empresa colocam em risco a imagem da estatal, ao serem coniventes com uma política de segurança e terceirização, cujo pilar é a precarização das condições de trabalho. Não por acaso, a divulgação dos resultados recordistas da Petrobrás em 2010 ocorre em meio a mais uma greve, organizada pela FUP e seus sindicatos, cobrando condições decentes de trabalho para os terceirizados. Sem falar nas denúncias constantes dos petroleiros sobre a insegurança nas unidades, o que torna ainda mais urgente um novo modelo de gestão para o SMS.
A maior empresa do Brasil não pode continuar refém de gestores irresponsáveis, que colocam em risco a saúde e a vida de seus trabalhadores – e, por consequência, o meio ambiente – para garantir recordes de lucro e produção, como os que foram registrados em 2010. Da mesma forma que não pode permitir que prestadoras de serviço violem leis trabalhistas, dêem calotes nos trabalhadores e os submetam a regimes e jornadas extenuantes, com salários cada vez menores e condições de trabalho cada vez mais precárias.