No Sistema Petrobrás, 2011 começou exatamente como nos dois últimos anos anteriores, ou seja, com a morte de mais um trabalhador…
Imprensa da FUP
No Sistema Petrobrás, 2011 começou exatamente como nos dois últimos anos anteriores, ou seja, com a morte de mais um trabalhador. Desta vez, a vítima da perversa política de insegurança da empresa foi o técnico de operação, José Almir dos Santos, de 49 anos, que trabalhava na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe (Fafen-SE). O petroleiro foi sepultado no primeiro dia do ano, após dois dias de internação em estado grave.
O acidente ocorreu no dia 28 de dezembro, quando o petroleiro tentava monitorar o vazamento da válvula de uma plataforma, em cima de um guindaste. A fatalidade também atingiu um trabalhador terceirizado que ao tentar escapar das chamas, se feriu e ainda encontra-se internado, porém, sem risco de vida.
Na primeira semana de janeiro de 2009, a política de SMS equivocada da Petrobrás matou um trabalhador na P-34, no Espírito Santo, e em 2010 na P-25, na Bacia de Campos. Assim como nos dois últimos anos, fica constatado que a para a Petrobrás, o ritmo da produção de suas unidades está sempre em detrimento à segurança e à vida de seus funcionários.
Na maioria dos casos, os acidentes nas unidades operacionais da empresa sempre são causados por meros descasos de seus gestores, que não paralisam algumas atividades de risco eexpõem a vida dos trabalhadores próprios e terceirizados.
Durante as últimas negociações com a Petrobrás, uma das pautas de grande importância está relacionada à segurança dos trabalhadores. A FUP tem ressaltado que a melhoria das condições de trabalho é prioridade para todos os petroleiros, e que a mudança na política de SMS da empresa deve ser feita com urgência. A empresa comprometeu-se em realizar um fórum de discussão entre os representantes de SMS da FUP e da Petrobrás, que até o momento, não aconteceu.
Diante da postura negligente da empresa e de mais um acidente desta gravidade, a FUP reafirma que continuará se mobilizando para que a vida dos trabalhadores do Sistema Petrobrás sejam valorizadas, que os acidentes deixem de ser tratados como meras estatísticas.