Mesmo com 30% dos ativos da Refap sob controle de uma empresa privada, a FUP sempre lutou para que os acordos coletivos conquistados nas negociações…
Imprensa da FUP
Mesmo com 30% dos ativos da Refap sob controle de uma empresa privada, a FUP sempre lutou para que os acordos coletivos conquistados nas negociações com a Petrobrás fossem extensivos aos trabalhadores da refinaria. Reivindicação que permaneceu na pauta da Federação, mesmo após a saída do Sindipetro-RS, que foi desfiliado pelos divisionistas. Os mesmos que pregaram o voto nulo no segundo turno das eleições deste ano, fazendo o jogo da direita e contribuindo para a campanha de Serra, cujas intenções privatistas em relação à Petrobrás e ao pré-sal não são segredo para ninguém.
No mesmo dia em que a direção da Petrobrás anunciou a compra dos 30% da Refap que estavam sob o controle da Repsol, o jornal Folha de São Paulo estampava em suas páginas uma das informações sigilosas divulgadas pelo Wikileaks. O site com furos jornalísticos sobre a diplomacia americana revelou que o candidato tucano José Serra prometeu à Chevron que tomaria as medidas necessárias para atender aos interesses das petrolíferas americanas em relação ao pré-sal. “Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, disse Serra a uma diretora da Chevron, em um dos telegramas obtidos pelo Wikileaks junto ao serviço diplomático norte-americano.
Os divisionistas do PSTU tentaram ajudar a eleger Serra, quando optaram por ficar em cima do muro, evitando assumir lado numa disputa clara entre dois projetos antagônicos de país. Imagine se os rumos da Petrobrás e do país seguissem a trajetória apontada por estes divisionistas? Não teríamos elegido Dilma, o Brasil certamente seria afundado novamente no projeto neoliberal dos tucanos e demos e a Petrobrás, privatizada. A unidade nacional torna-se cada vez mais urgente.