Protesto é contra as atitudes autoritárias da gerência, que alterou a escala de embarque e cortou custos, rebaixando condições de trabalho…
Indignados com as atitudes que vêm sendo tomadas pela gerência das plataformas marítimas instaladas em território norte-rio-grandense, os trabalhadores ameaçam paralisar as atividades, por 24 horas, nesta segunda-feira, 29 de novembro. Além dos problemas com a escala de embarque, que têm causado grandes desequilíbrios e transtornos à vida dos empregados e de seus familiares, os trabalhadores questionam iniciativas tomadas por Wellington Paiva que tem rebaixado as condições de ambiência nas plataformas, sob o pretexto de reduzir custos.
Entre outras ações estapafúrdias, e que beiram o ridículo, principalmente, quando considerado o fato de que a Petrobrás é hoje a 2ª maior empresa em valor de marcado das Américas, o gerente reduziu o fornecimento de alimentação, mandou empilhar as cadeiras do refeitório para que os trabalhadores se sintam desestimulados a lanchar, e ordenou o fechamento da lavanderia. Como a unidade do Pólo não tem condições de atender a demanda do Mar, os trabalhadores estão tendo que usar o fardamento sujo por vários dias e as roupas de cama podem levar até duas semanas para serem trocadas. Denúncias estão sendo encaminhadas à COVISA e à Superintendência Regional do Trabalho para investigar o descumprimento do Anexo II da NR 30.
Capital humano – No sítio da Petrobrás na internet, a Companhia afirma ser “uma das empresas brasileiras que mais valoriza o seu capital humano”. Diz, ainda, que “faz isso porque sabe que é impossível alcançar resultados financeiros, de produtividade e de tecnologia, sem valorizar as pessoas que nela trabalham”. Já, a Gerência de Recursos Humanos informa que sua missão “tem como foco principal assegurar um sistema de gestão que valorize o potencial humano e gere ambiência organizacional favorável à motivação das pessoas, levando-as a contribuírem e se comprometerem com a excelência do desempenho e dos resultados organizacionais”. No entanto, no Ativo Mar do RN, essas preocupações parecem não existir.
Censura: acesso ao sítio do Sindicato sofre bloqueio
O acesso ao sítio do SINDIPETRO/RN (www.sindipetrorn.org.br) e aos boletins eletrônicos expedidos pela entidade está sendo bloqueado. Em várias unidades da Petrobrás no Estado, os trabalhadores reclamam, afirmando que não conseguem visualizar a Página do Sindicato ou não recebem os boletins, quando utilizam terminais instalados nas unidades da Empresa. A situação chegou a tal ponto que, uma comunicação oficial do Sindicato encaminhada a um dirigente da Companhia foi recebida em sua caixa de mensagem particular, mas não chegou no e-mail institucional. O fato causou um mal-entendido com desgaste para os trabalhadores e prejuízos para a Empresa. A censura configura prática antissindical e será denunciada pelo Sindicato.