Nesta quinta-feira,10, Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia e os trabalhadores mostraram que estão dispostos a enfrentar…
Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia
Nesta quinta-feira,10, Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia e os trabalhadores mostraram que estão dispostos a enfrentar a luta para finalmente conquistar o pagamento da cláusula 4ª. Durante todo o dia eles permaneceram em frente ao prédio onde funciona o setor administrativo da Braskem. Apesar da manifestação ter sido pacifica, houve alguns enfrentamentos com seguranças do edifício, mas nada que apagasse a força do movimento.
O objetivo foi pressionar a Braskem, que se comprometeu a fazer uma proposta de pagamento da cláusula 4ª e nem sequer respeitou a orientação do Supremo Tribunal Federal, que no mês de março deste ano deu um prazo de três meses para que as partes se entendessem, já que havia indícios de negociação.
Mas findado o prazo a Braskem não fez proposta alguma e o desrespeito do grupo Odebrecht fez com que o sentimento de indignação dos trabalhadores fosse atiçado. Na mobilização do dia 10/06, os trabalhadores almoçaram em frente ao prédio da Braskem, onde permaneceram o dia todo. Mas este foi só o começo de mobilizações crescentes que vão acontecer a partir de agora. Na próxima quarta-feira, dia 16/06, outra grande mobilização está marcada para acontecer no mesmo lugar, só que desta vez o Sindicato dos Quimicos e Petroleiros da Bahia irá mandar instalar banheiros químicos em frente ao prédio da Braskem. A idéia é que todos durmam no local e permaneçam lá até o dia 18/06, sexta-feira.
A direção do sindicato sugere que todos se preparem para passar estas noites em frente ao prédio.
Outras grandes mobilizações também estão sendo preparadas, o patronato não perde por esperar. Afinal, tudo nesta vida tem limite e a paciência em relação à cláusula 4ª chegou ao fim. Esta questão tramita na justiça há mais de vinte anos e muitos trabalhadores já morreram esperando por este pagamento. É bom lembrar que o placar está 2×1 para os trabalhadores. O Ministro Marco Aurélio Mello proferiu um voto primoroso, no qual recuperou toda a história do processo, acompanhando a posição do Relator, Ministro Sepúlveda Pertence, que também deu um voto memorável em favor dos trabalhadores. Em contrapartida, o Ministro Gilmar Mendes deu voto contrário ao trabalhador.
Ao longo de todo o período que o processo tramita na justiça, o Sindicato sempre atuou de forma veemente, realizando diversas caminhadas e mobilizações na Bahia e em Brasília, além de encaminhar a questão com toda a transparência.
