Terceirizado de 74 anos que se acidentou é obrigado a trabalhar com perna cortada
Imprensa da FUP, com informações do Sindipetro-PE/PB
Em total descaso com a saúde do trabalhador, a gerência do Terminal de Cabedelo, na Paraíba, vem mantendo na área um petroleiro terceirizado que cortou profundamente a perna, durante um acidente no dia 19. O trabalhador tem 74 anos de idade e está com a perna esquerda enfaixada, em função do corte, que resultou em nove pontos. Mesmo diante do atestado médico que determina o seu afastamento por sete dias para recuperação, o trabalhador tem sido obrigado a comparecer diariamente ao terminal, para não configurar acidente com afastamento.
O motivo desse absurdo é manter, a qualquer preço, os índices comemorados pela Gerência Nordeste da Transpetro que, até então, ainda não havia registrado este ano acidentes com afastamento. No vale tudo para não manchar o “bonito” gráfico do indicador TFCA (Taxa de Frequência de Acidentados com Afastamentos), a gerência expõe a saúde do trabalhador e atropela todas as diretrizes de segurança pregadas pela empresa, sem falar no comprometimento da ética médica. É por essas e outras, que a FUP e seus sindicatos questionam a credibilidade dos índices de SMS apresentados pela Petrobrás.