A quebra do monopólio estatal aumentou a precarização das condições de trabalho e segurança dos petroleiros
Imprensa da FUP
A privatização dos campos de petróleo, após a quebra do monopólio estatal do setor, além de ataque à soberania do país, aumenta a precarização das condições de trabalho e segurança dos petroleiros. No último dia 17, dois trabalhadores morreram e dois ficaram feridos, em um acidente durante um teste com a baleeira de um navio sonda da Brasdrill, que presta serviços para a OGX, na Bacia de Campos. A OGX é uma das empresas do magnata Eike Batista, que arrematou ex-diretores e ex-gerentes da Petrobrás, assim como campos estratégicos de petróleo na franja do pré-sal. Um dos blocos que arrematou nos leilões de petróleo é o BM-C-43, na parte sul da Bacia de Campos, onde contratou o navio sonda da Diamond Offshore (que no Brasil opera como Brasdrill) para perfurar os poços da região.
A Brasdrill é considera pelo Sindipetro-NF uma das empresas campeãs em insegurança e desrespeito aos trabalhadores. Suas práticas antissindicais e atropelos à legislação trabalhistas têm sido constantemente denunciados à DRT, assim como à Petrobrás, para quem também presta serviços na Bacia de Campos. No último dia 11, o petroleiro da Brasdrill, Felipe de Andrade do Carmo, 22 anos, teve a perna amputada após um acidente na SS-52, que opera para a Petrobrás no Campo de Albacora. Menos de seis meses atrás, um outro trabalhador da empresa já havia sido mutilado em um acidente na mesma plataforma. Além disso, a Bradrill descumpre a legislação trabalhista, não reconhece a organização sindical dos petroleiros e, pior, demitiu nove cipistas nos últimos anos. É desta forma que atuam as empresas privadas no setor petróleo, principalmente as multinacionais.