Após 19 anos de luta árdua e incansável por justiça, os trabalhadores demitidos da Nitriflex e Petroflex
Imprensa da FUP
Após 19 anos de luta árdua e incansável por justiça, os trabalhadores demitidos da Nitriflex e Petroflex, empresas que pertenciam ao Sistema Petrobrás, começam, finalmente, a ter suas anistias reconhecidas. A Comissão Especial Interministerial (CEI) deferiu 88 requerimentos de anistia de trabalhadores da Petroflex, que já tiveram seus nomes publicados em Diário Oficial para retorno à Petrobrás.
A FUP garantiu na campanha reivindicatória o compromisso da empresa de agilizar seus procedimentos internos para retorno imediato dos anistiados. A readmissão de todos os petroleiros que têm direito à anistia tem sido bandeira da Federação em todas as campanhas reivindicatórias. A FUP continuará à frente desta luta até que todos os trabalhadores que foram contemplados pelas leis de anistia retornem ao Sistema Petrobrás.
Uma luta de 19 anos!
Em 1990, milhares de trabalhadores do setor público foram sumariamente demitidos pelo presidente Fernando Collor de Melo, entre eles centenas de companheiros da Nitriflex, Petroflex, Interbrás, Petromisa e de outras empresas do Sistema Petrobrás que foram extintas ou privatizadas na época. Apesar de anistiados no governo Itamar Franco, em1994, pela Lei 8878/94, esses trabalhadores foram “desanistiados” pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que jamais reconheceu ou cumpriu a Lei de Anistia. Somente no governo Lula, os processos de anistia foram reabertos e milhares de trabalhadores do setor público começaram a ser readmitidos.
Na Petrobrás, a FUP participou das comissões criadas para analisar e agilizar a admissão dos trabalhadores que pertenciam às empresas do Sistema. Mais de 1.100 anistiados já retornaram à empresa. Uma luta que envolveu organização sindical, mobilizações nas bases, articulação política e ações incisivas da Federação nos processos de negociação com a Petrobrás.
Organizados, com o apoio da FUP, no Movimento dos Petroquímicos Demitidos (Mopede), cerca de 180 trabalhadores da Petroflex e Nitriflex tem se articulado com os anistiados da Interbrás e Petromisa para corrigir as arbitrariedades cometidas por Collor de Melo. Leia aqui a entrevista com o coordenador do Mopede, Carlos Alves.
