No Conselho Deliberativo da FUP, os sindicatos reconheceram que houve avanços importantes na terceira …
Imprensa da FUP
No Conselho Deliberativo da FUP, os sindicatos reconheceram que houve avanços importantes na terceira contraproposta apresentada pela Petrobrás, fruto das mobilizações surpresa realizadas pela categoria. A empresa, no entanto, criou um impasse na negociação, ao sustentar a posição autoritária das gerências de punir arbitrariamente os trabalhadores que fizeram a greve de março.
O cancelamento das punições é um condicionante para a assinatura do acordo coletivo, conforme deliberado pela I Plenária Nacional da FUP e referendado pela categoria nas assembléias. Os trabalhadores aprovaram que com punição, não tem acordo. Mesmo sabendo disso, a Petrobrás insiste em desafiar o movimento sindical, transformando em disputa ideológica a campanha reivindicatória.
O golpe da PLR – inicialmente, a empresa já havia tentado reduzir a campanha às questões econômicas, propondo, inclusive, misturar a PLR com o acordo. Isso seria um retrocesso inadmissível, pois somos uma das poucas (se não a única) categorias que negocia a PLR fora da campanha reivindicatória. Essa foi uma conquista árdua, que pôs fim às chantagens e barganhas da Petrobrás nas negociações, pois sempre tentava reduzir os reajustes, em função da PLR.
A empresa, propositalmente, tentou trazer essa discussão novamente para dentro do acordo coletivo, omitindo-se em relação ao processo de negociação específico dos indicadores, metas, critérios e parâmetros para distribuição das PLRs. Esses pontos foram tratados pela FUP em 13 exaustivas reuniões na Comissão de Negociação, onde foi discutida a proposta aprovada pelos trabalhadores nas assembléias de base. A FUP se posicionou sobre cada um dos pontos discutidos, mas a Petrobrás, até agora, não apresentou sua contrapro-posta.Tentou misturar a PLR com a campanha reivindicatória, querendo colocar no ar um simulador para "comprar" o trabalhador com o adiantamento de janeiro.
Estado de greve e mobilização surpresa!
A estratégia de mobilização surpresa adotada pelos sindicatos tem surtido efeito e será intensificada em todas as bases da FUP. Os trabalhadores continuam em estado de greve, dando seqüência às paralisações surpresa e outros encaminhamentos de mobilização, informados pelos sindicatos às vésperas do movimento.
Na quinta-feira, 26/11, os petroleiros da Transpetro na Bahia e mais de 1.500 trabalhadores próprios e terceirizados de Taquipe (principal área de logística do E&P no estado) fizeram um grande ato contra as punições.
No Rio Grande do Norte, os trabalhadores da Q&B estão em greve por um acordo digno e são também solidários à luta pelo cancelamento das punições no Sistema Petrobrás. Cinco sondas de produção em Mossoró e Alto do Rodrigues estão paradas desde a zero hora do dia 25.
Também no Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo, Campinas, Mauá, Caxias, Amazonas, Pernambuco, Paraíba, Ceará e Norte Fluminense, petroleiros próprios e terceirizados repetem em alto e bom som: com punição, não tem acordo!