"A verdadeira unidade é fortalecer a organização dos trabalhadores", tem reafirmado a FUP aos …
Imprensa da FUP
"A verdadeira unidade é fortalecer a organização dos trabalhadores", tem reafirmado a FUP aos seis sindicatos dissidentes. No entanto, a convocatória de unidade feita pela Federação tem sido ignorada pelos dirigentes destas entidades, cuja postura continua sendo dividir a categoria.
A divisão só tem servido para fortalecer a Petrobrás. Os equívocos e inconseqüências dos dissidentes, também. Chamam a FUP para a unidade, mas continuam incentivando a divisão, com ataques e acusações levianas contra a Federação. Propõem calendários de luta unificados, mas até agora não somaram-se às mobilizações apontadas pela FUP, como as paralisações surpresa e a luta pelo extraturno.
Como se não bastasse tudo isso, os sindicatos dissidentes ainda atribuem à Federação os fracassos de suas estratégias equivocadas. Se os trabalhadores rejeitam seus indicativos de greve, a culpa é da FUP. Se a Petrobrás se nega a avançar na negociação, a culpa é da FUP. Enquanto isso, o patrão deita e rola.
A cada pseudo chamamento de unidade dos dissidentes, a Federação tem reafirmado o seu compromisso histórico com a unificação da categoria petroleira, bandeira, aliás, que é a própria razão de sua existência. A FUP nasceu para unificar os petroleiros, respeitando a diversidade de opiniões que sempre marcou a categoria. Por isso é a entidade que tem um dos estatutos mais democráticos da história do movimento sindical brasileiro.
Mesmo assim, os dissidentes, por questões meramente políticas, insistem em construir uma entidade paralela, fruto unicamente de uma disputa partidária, que não interessa à categoria. Pelo contrário, acirra a divisão, fortalecendo a Petrobrás na relação capital x trabalho.
Quem perde são os trabalhadores. Tanto é verdade, que, se dependesse dos seis sindicatos dissidentes, a campanha reivindicatória já teria sido concluída, do jeito que está. Prometeram o céu aos trabalhadores, através de uma pauta ilusória (construída mais para marcar posição do que para conquistar), depois roeram a corda para não se enforcarem e ainda exigem que a FUP jogue o bote salva-vida para que, ao final da campanha, saiam como vítimas e a Federação como vilã. Os trabalhadores já estão cansados dessa ladainha, que só serve aos propósitos da Petrobrás.
A FUP defende a unidade para valer e não de fachada. A unidade envolve organização sindical, pautas de reivindicações, estratégias de negociação e agendas de luta. Para isso, é fundamental que os sindicatos dissidentes retornem à Federação, respeitem as divergências e unam forças na luta da classe trabalhadora. Nossa disputa tem que ser com o patrão, não entre nós.
A FUP continua aguardando que os dissidentes participem das mobilizações convocadas, somando-se aos atos desta sexta-feira 13 e ajudando a construir formas alternativas de mobilização com a categoria, para que possamos conquistar um acordo único de trabalho, com os avanços que os petroleiros esperam. Esse é o desafio que está posto.