Os petroleiros do Conjunto Pituba, sede administrativa da Petrobrás em Salvador (BA) realizaram uma mobilização…
Com informações do Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia
Os petroleiros do Conjunto Pituba, sede administrativa da Petrobrás em Salvador (BA) realizaram uma mobilização na manhã de quarta-feira, 28, e rejeitaram, por mais de 90% dos votos, a contraproposta da Petrobrás . O ato começou às 7h e terminou às 9h30, atrasando em quase duas horas o início do expediente do regime administrativo. Na manhã do dia 27/10, o Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia realizou um grande ato da campanha reivindicatória, na BR 324, no Posto Mil, próximo de Simões Filho. Cerca de 2.000 trabalhadores diretos do turno e adm das bases da Rlam, Transpetro, Biodesiel, Fafen e áreas do E&P (Araçás, Buracica, Miranga, Santiago, Taquipe e Candeias) participaram do protesto que atrasou o início do expediente em três horas. Estavam presentes, ainda, trabalhadores terceirizados.
Eles protestaram contra a direção da Petrobrás, que não avança nas negociações. As mobilizações vêm ganhando corpo. Já aconteceram atos no dia 25/10 (duas turmas do turno da RLAM), dia 26 (turno e adm da Fafen) e 23 (turno e adm Transpetro). Alguns deles vêm sendo acompanhados de assembleias, e nesses casos, as bases já rejeitaram a segunda contraproposta apresentada pela direção da empresa.
As mobilizações vão continuar até os dias 04 e 05/11, quando o Conselho Deliberativo da FUP se reunirá em Brasília. O Conselho irá deliberar sobre as próximas estratégias de ação na campanha reivindicatória, inclusive a construção de uma greve nacional, para buscar na luta o atendimento das principais reivindicações dos trabalhadores.
Na sexta-feira, 30/10, o Sindicato vai realizar o Seminário de Qualificação da Greve, às 18h, na sede da Entidade. Será necessária a participação da categoria para poder preparar um grande movimento na Bahia.
Em menos de um mês, a Petrobrás apresentou as duas contrapropostas que não contemplam as principais reivindicações da categoria, seja em relação à ampliação dos benefícios ou à melhoria das condições de trabalho. Além disso, a empresa continua sem se manifestar sobre o cancelamento das punições aplicadas aos petroleiros que realizaram a greve de março. A FUP tem ressaltado em todas as reuniões de negociação que não haverá assinatura de acordo, enquanto a Petrobrás mantiver as punições.
Em nível nacional, os petroleiros iniciaram uma série de paralisações surpresa que continuarão agitando o Sistema Petrobrás, durante a campanha reivindicatória. Além das Refinarias, estão sendo indicadas paralisações no E&P e nas unidades administrativas, sempre de forma surpresa, preparando, progressivamente, a categoria para uma nova forma de greve, que está sendo discutida nos seminários regionais que estão acontecendo em todo o país.