O coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, participou nesta terça-feira, 13, de audiência na Câmara dos Deputados Federais…
fotos Agência Câmara – Luis Alves
Imprensa da FUP
O coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, participou nesta terça-feira, 13, de audiência na Câmara dos Deputados Federais para debater os projetos de lei que estão sendo propostos para o setor petróleo. A audiência foi realizada na Comissão Especial que analisa os modelos de exploração de petróleo propostos pelos movimentos sociais (PL 5891/2009), pelo governo federal (PL 5938/2009) e pelo deputado Eduardo Valverde – PT/RO (2502/2007). Os três projetos estão sendo discutidos conjuntamente pela Comissão, que tem por principal objetivo analisar e dar um parecer à proposta do Executivo para regulamentar a exploração e produção do pré-sal.
O prazo estabelecido para o relatório final ir a votação no plenário da Câmara é dia 10 de novembro. O relator da Comissão, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RJ), declarou durante a audiência que apresentará seu parecer sobre as propostas até a próxima quarta-feira (21). A audiência desta terça-feira, 13, segundo o presidente da Comissão, deputado Arlindo Chinaglia (PT/SP), foi uma das mais concorridas, contando com a presença de 21 parlamentares, assim como representantes dos movimentos sociais.
Além do coordenador da FUP, participaram do debate Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coordenação de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ); e Paulo Metri, conselheiro da Federação Brasileira de Associações de Engenheiros. A audiência foi mediada pelo presidente da Comissão Especial da Câmara, Arlindo Chinaglia.
O coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, ressaltou que o projeto dos movimentos sociais (PL 5891/2009), que está anexado aos outros dois projetos em análise na Comissão, garante o controle público integral de todo o petróleo brasileiro e não apenas do pré-sal. Ele explicou aos parlamentares e demais convidados da audiência os principais pontos do projeto, como o restabelecimento do monopólio da Petrobrás sobre a exploração e produção de petróleo e gás, o controle 100% da União sobre a empresa, a criação de um fundo social soberano para garantir que os recursos excedentes do petróleo sejam aplicados em políticas públicas de combate às desigualdades sociais, entre outras propostas.
Moraes destacou que o projeto de lei foi construído conjuntamente pelos movimentos sociais, após vários debates envolvendo organizações populares, sindicatos e diversas outras entidades sociais, que defendem o monopólio estatal do petróleo. Ele reconheceu que o projeto do governo federal traz avanços importantes em relação ao papel do Estado no controle de um bem tão estratégico como o petróleo, mas ressaltou que a proposta do Executivo ainda está longe do que os movimentos sociais defendem para o setor.
“70% a 80% do excedente de petróleo para a União”
Entenda o que está sendo discutido na Comissão
PL dos trabalhadores – construído pela FUP junto com os demais movimentos sociais, o PL 5891/2009 garante o controle público de todo o petróleo da nação, através do monopólio da Petrobrás 100% estatal, assim como a destinação social destes recursos.
PL do governo – o projeto proposto pelo governo federal (PL 5938/2009) estabelece o modelo de partilha de produção para o pré-sal e a Petrobrás como operadora única dos blocos exploratórios.
Nesta quarta, 14, defesa do PL 5891/2009 será na Comissão Especial que discute o projeto de capitalização da Petrobrás
O coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, voltará a ser ouvido pelos parlamentares nesta quarta-feira, 14. Desta vez, ele fará a defesa do projeto dos movimentos sociais (PL 5891/2009) na Comissão Especial da Câmara que analisa o Projeto de Lei 5941/2009, proposto pelo governo federal para autorizar a União a capitalizar a Petrobrás. A audiência do coordenador da FUP na Comissão está prevista para ter início às 13 horas.
A proposta dos movimentos sociais é de que que a Petrobrás seja transformada em uma empresa 100% estatal e pública e que volte a exercer o monopólio de exploração e produção de petróleo e gás, como era previsto até o início dos anos 90, antes do governo FHC quebrar o monopólio da empresa e abrir seu capital aos investidores privados e multinacionais. A atual Lei do Petróleo, 9478/97, permitiu todas estas artimanhas privatistas, além dos leilões dos blocos exploratórios de petróleo e gás natural.