Nesta segunda, 21 a FUP dá continuidade à negociação da pauta de reivindicações, com prazo…
Imprensa da FUP
Nesta segunda, 21 a FUP dá continuidade à negociação da pauta de reivindicações, com prazo até o dia 29 para que a Petrobrás responda aos trabalhadores. Na reunião de hoje, serão discutidos com a Petrobrás os capítulos de Benefícios e Outras Disposições.
Na quarta-feira, 23, a reunião será sobre Condições de Trabalho, Planejamento e Recrutamento de Pessoal e Terceirização. Na sexta-feira, 25, a FUP realiza a última rodada desta primeira etapa de negociação, onde serão discutidas as reivindicações da categoria sobre Salários, Vantagens e Vigência do ACT, Relações Sindicais e Segurança no Emprego.
Punição e SMS foram temas das primeiras rodadas
Nas duas primeiras rodadas de negociação com a Petrobrás, a FUP enfocou temas de extrema relevância para a categoria nesta campanha reivindicatória: punições, práticas antissindicais e SMS. Questões diretamente relacionadas à política de gestão e que ao serem debatidas em uma mesa de negociação evidenciam a ideologia autoritária ainda presente em muitos setores da empresa. O fim dos acidentes e a busca por um ambiente de trabalho seguro e saudável não podem continuar sendo bandeiras de luta exclusivas dos trabalhadores. Este deve ser um compromisso da gestão da Petrobrás. A empresa, no entanto, segue em frente, perseguindo metas de produção, desrespeitando normas de segurança e descumprindo acordos.
Durante a greve de março, a Petrobrás não só colocou em risco a vida dos petroleiros e a segurança operacional das unidades, como ainda puniu e perseguiu trabalhadores, sem responsabilizar os gerentes que rasgaram códigos de ética e infringiram regras de SMS para manter a produção a qualquer custo. Não bastasse tudo isso, a empresa ainda interveio na eleição das CIPAs das plataformas da Bacia de Campos e excluiu as candidaturas dos trabalhadores punidos por participação na greve.
Greve e sangue
A FUP mais uma vez ressaltou na mesa de negociação que a Petrobrás deve respeitar a legislação e os acordos pactuados, o que não tem ocorrido. Os petroleiros exigem uma nova política de SMS, que seja construída em conjunto com os trabalhadores para que de fato atenda as necessidades da categoria. As CIPAs e as comissões locais de SMS são instrumentos que devem ser valorizados e ampliados para garantir esses avanços. A Federação frisou que os trabalhadores terceirizados continuam sendo os mais expostos a acidentes e doenças ocupacionais e que, portanto, a gestão de SMS deve estar focada também na recomposição dos efetivos e na primeirização dos postos permanentes de trabalho.
As reivindicações da categoria ganham uma importância ainda maior diante das novas descobertas de óleo no pré-sal e do crescimento que a Petrobrás terá em função da exploração desta nova fronteira petrolífera. O que houve de avanço nos últimos anos no SMS, foram conquistas árduas da categoria, após greves, mobilizações e sangue dos trabalhadores mortos em acidentes que poderiam ter sido evitados. Quantas vidas continuarão sendo perdidas? Quantas greves serão necessárias para exigir que a Petrobrás pare de derramar sangue? É responsabilidade da empresa garantir o direito à vida e à saúde de cada um dos trabalhadores de suas unidades, sejam eles próprios ou terceirizados.