A quem servem os conselheiros da Petros que foram eleitos com apoio das associações…
Imprensa da FUP
A serviço de quem estão os conselheiros da Petros que foram eleitos com apoio das associações de aposentados? Ao votarem contra a redução da taxa de administração dos planos de benefícios da Petros, estes conselheiros comprovaram que não defendem os interesses dos trabalhadores. A redução da taxa de administração dos planos, que caiu de 6% para 4% sobre as contribuições, só foi aprovada graças ao voto de desempate que a patrocinadora tem direito no Conselho Deliberativo da Petros. Uma vergonha para a categoria petroleira, que sempre foi contrária ao chamado “voto de qualidade”, mecanismo combatido por todos os participantes de fundos de pensão, inclusive a Anapar, que chegou a divulgar nota lamentando a atitude nada classista dos conselheiros deliberativos eleitos da Petros, que votaram contrários à redução da taxa de administração. Ainda restam dúvidas de que lado estão os conselheiros eleitos pelas associações?
Veja a íntegra da nota da Anapar (Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão)
"A PETROS reduziu a taxa de administração de seus planos de benefícios, de 6% para 4% sobre as contribuições pessoais e patronais. A redução foi proposta pela Diretoria de entidade e aprovada pelo seu Conselho Deliberativo, a partir de análise de projeção de receitas e despesas elaborada pelas áreas técnicas da entidade. Esta redução deve ser comemorada pelos participantes pois implica um custo menor para o participante e, nos planos de Contribuição Definida ou Variável, permite maior acúmulo de reservas, garantindo ao participante um benefício maior.
O principal patrocinador da PETROS é a Petrobras, mas a entidade é multipatrocinada e administra vários planos de benefícios, inclusive o Anaparprev, plano instituído pela Anapar. A redução da taxa de administração vale para todos os planos.
A redução da taxa de administração do Anaparprev foi decidida pelo Conselho Deliberativo no início do mês de agosto. Três conselheiros eram favoráveis e outros três, contrários à redução, e a pauta foi decidida pelo voto de qualidade, do presidente do Conselho indicado pela Petrobras. Infelizmente, um assunto de tamanha importância foi decidido por um mecanismo que é combatido por todos os participantes e suas entidades de classe.
Outro aspecto constrangedor acompanha esta decisão: votaram a favor da redução os conselheiros indicados pela patrocinadora e contra a redução os conselheiros eleitos pelos participantes, justamente aqueles a quem estes deveriam defender. Dentre os conselheiros eleitos, há associados fundadores da Anapar.
A Anapar lamenta o voto dos companheiros."