O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, afirmou na segunda-feira…
O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, afirmou na segunda-feira (3), em São Paulo, que a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) será realizada, mesmo se o setor empresarial se retirar das discussões. “Não há nenhuma possibilidade de não ocorrer a Conferência de Comunicação, da mesma forma que a de Educação. Todas as conferências vão ocorrer”, afirmou Dulci, em entrevista a Lúcia Rodrigues, da Caros Amigos.
De acordo com o ministro, a ausência dos barões da mídia não torna menos legítima a iniciativa do governo federal, marcada para 1, 2 a 3 de dezembro. “Não perde a legitimidade, mas perde a abrangência. É muito importante esse debate e essa reflexão conjunta, com um setor que está passando por uma tremenda transformação, no universo da digitalização.”
Apesar da hipótese, Dulci afirma que “o esforço é para que o empresariado também participe. Os movimentos populares sabem que a participação do empresariado é importante. A conferência ocorrerá do mesmo jeito, se os empresários se afastarem. Mas será diferente”.
Impasse
As tratativas continuaram nesta quarta-feira (5), quando o empresariado se reuniu com os ministros Hélio Costa, das Comunicações, e Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social. Em coletiva de imprensa realizada em Brasília após a reunião, os dois ministros declararam que nada está definido. Segundo Costa, os empresários pediram mais um tempo para avaliar a sua permanência no processo da Confecom. Nova reunião foi agendada para o dia 13.
De acordo com Franklin, foi esclarecido que as premissas exigidas pelas empresas estão na Constituição Federal e não têm razão de ser. “A conferência vai acontecer de qualquer jeito, mas estamos trabalhando para que os empresários participem. Estamos confiantes de que isso vai acontecer”.
O ministro sinalizou que o governo apoia o quórum qualificado de 60% dos membros para aprovação de propostas nas reuniões da Comissão Organizadora Nacional e a proporção de delegados dividida entre 20% poder público, 40% empresários e 40% sociedade (usuários).
Sobre a recomposição dos recursos da Confecom, Franklin avaliou ser algo com o que não preocupar. “Se esse fosse o problema central, estávamos bem. Há um problema político mais sério”. De acordo com os ministros, haverá uma reunião com os movimentos sociais na próxima semana, ainda sem data marcada.