Acidentes e Incidentes: uma rotina na Regap e na vida dos trabalhadores

Na última quinta-feira, 30, tivemos dois acidentes que demonstram como está a situação…







Sindipetro MG

 

Na última quinta-feira, 30, ocorreram dois acidentes que demonstram como está a situação de segurança na Regap. Na UDAV1, ocorreu um incêndio na linha de transferência do 02F01 devido a vazamento no flange, que foi debelado pelo pessoal da unidade. O que nos preocupa é que a parada de manutenção prevista para 2010 foi adiada para 2011.

 

Será que a unidade resiste tanto tempo? Outro acidente ocorreu na Estação de Medição para Bombeio de Produtos (Emed). Houve um incêndio na caixa da rede oleosa, devido a um trabalho de solda próximo deste local.

Acidente de grande proporção ocorrido em 1998 na HDS também foi em função de solda no local onde houve um vazamento de nafta. Este acidente foi responsável por cinco mortes e deixou sete feridos na Regap.

Veja mais uma grande situação de risco abaixo:

 

Parada da Unidade 106

A última parada de manutenção realizada na Regap trouxe à tona uma reivindicação constante da categoria: que as paradas de manutenção programadas sejam realizadas dentro de um cronograma que garanta a execução dos serviços planejados com a qualidade e tempo necessários, sem, contudo, expor os trabalhadores a condições inadequadas; e que os equipamentos sejam entregues revisados, testados e de fato prontos para operar por mais uma campanha.

No início da parada da HDS, o Sindipetro/MG divulgou um boletim onde está relatada a forma como a empresa se programou para realizá-la. Andaimes para todo o lado e grande quantidade de drenos e ventes sem caps (tampão), com a unidade em pleno funcionamento. Além de vazamentos em flanges que podem evidenciar a necessidade de testes hidrostáticos melhor elaborados.

Os riscos de tal procedimento foram relatados, mas o ritmo do serviço foi mantido porque o importante era reduzir o período da parada, pois, afinal, o que conta são os dias em que a unidade ficou sem carga.

A concorrência entre as unidades da Petrobrás para ver quem consegue fechar uma parada de manutenção em menor tempo faz com que os responsáveis por elas atuem como verdadeiros capatazes: exigem o máximo dos trabalhadores e entregam o serviço com várias pendências que podem ser verificadas após a unidade iniciar a produção.

Até quando esta mentalidade vai prevalecer?

Até que ocorra um acidente de graves proporções como o do PT00 alguns meses atrás, que causou a parada geral da Regap?

Acidente, aliás, que tem seus desdobramentos até hoje sendo imputados aos trabalhadores. O gerente do setor vive à beira de um ataque de nervos, repassando aos supervisores todo esse estresse e estes descarregam em cima dos trabalhadores.

A cobrança em cima dos trabalhadores é tamanha que estamos no limite de uma denúncia sobre assédio moral no local de trabalho. O Sindipetro está de olho nesta situação e orienta os companheiros a não se sujeitarem a isto.