Nesta segunda-feira, 23, data de início da greve indicada pela FUP, os petroleiros terceirizados irão parar…
Imprensa da FUP
Nesta segunda-feira, 23, data de início da greve indicada pela FUP, os petroleiros terceirizados irão parar suas atividades por 24 horas, cobrando condições dignas e seguras de trabalho, assim como uma resposta à pauta específica de reivindicações apresentada em 2007 à Petrobrás e que até hoje não foi respondida pela empresa. O Dia Nacional de Luta dos Petroleiros do Setor Privado será unificado este ano com a greve dos trabalhadores próprios da Petrobrás. Dois dos eixos deste movimento são a garantia dos postos de trabalho em todo o Sistema Petrobrás e um basta aos acidentes e mortes na empresa, onde as maiores vítimas têm sido os terceirizados.
Nos últimos dez anos, 165 petroleiros morreram em acidentes de trabalho na Petrobrás, sendo que 134 eram prestadores de serviço. Portanto, mais de 80% das vítimas de acidentes fatais ocorridos na empresa são terceirizados, cujas condições de trabalho estão muito aquém do que a Petrobrás pratica para seus trabalhadores próprios. Mortes anunciadas que poderiam ter sido evitadas, se as empresas do setor privado e a Petrobrás atuassem em conjunto para garantir condições seguras de trabalho para todos os petroleiros, sejam eles próprios ou terceirizados.
Mas, na contramão das reivindicações da FUP e em total desrespeito à vida do trabalhador, as empresas seguem descumprindo acordos. Infringem regimes e jornadas de trabalho com efetivos reduzidos, cortam treinamentos, reduzem custos com manutenção de equipamentos, quarteirizam atividades, enfim, arriscam diariamente a vida dos trabalhadores. Nesta segunda-feira, os petroleiros em greve exigirão um basta ao trabalho precário e inseguro. A categoria é uma só: trabalho igual, direitos iguais!