O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, em Campinas, decidiu manter até…
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, em Campinas, decidiu manter até o dia 13 a liminar que suspende as demissões de 4,2 mil trabalhadores da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). A decisão foi tomada há pouco depois da audiência de conciliação entre empregados e representantes da empresa. Eles decidiram se encontrar mais uma vez em uma reunião informal no gabinete da presidência do tribunal, na segunda-feira (9), e ter uma audiência de prosseguimento no dia 13.
Os sindicalistas consideraram positivo o encontro de hoje. “Nós não estamos pedindo para sacrificar o lucro. É possível manter a lucratividade da empresa e resolver um problema social [o do desemprego]”, disse o sindicalista José Maria de Almeida. “A Embraer é uma empresa estratégica e está sendo administrada de forma irresponsável, apesar de ter financiamento público. Pedimos a intervenção do governo Lula”, completou.
O presidente do Tribunal, Luís Carlos Cândido Martins Sotero da Silva, ressaltou a importância da decisão. “A liminar está mantida até o dia 13 março e seus efeitos devem ser respeitados”. Segundo o presidente, empresa e trabalhadores podem encontrar uma saída digna para os funcionários na próxima reunião. “Nessa eles já extraíram as diferenças”.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Adilson dos Santos, as demissões ainda podem ser revertidas. “Estamos tentando provar que não tem prejuízo e há condições de salvar os empregos”. Ele ressaltou que o sindicato está disposto a negociar. “Podemos pensar em soluções como a criação dos vôos internos, reduzir a jornada e férias coletivas.”
Os advogados da Embraer afirmaram que a empresa enviará em momento oportuno uma nota à imprensa.
Os trabalhadores demitidos da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) se reuniram na manhã de hoje com representantes da empresa no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em Campinas. A audiência serviu para tentar conciliar os interesses da empresa e dos trabalhadores para reverter as 4, 2 mil demissões ocorridas no mês passado. Os metalúrgicos pedem que seja respeitada a liminar, concedida no dia 26 de fevereiro, que suspende temporariamente os desligamentos.