FUP apresenta reivindicações da categoria ao diretor de Abastecimento da Petrobrás

Nesta sexta-feira, 13, a FUP reuniu-se com o diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa…




Imprensa da FUP

 

Nesta sexta-feira, 13, a FUP reuniu-se com o diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, para discutir algumas reivindicações da categoria e referendar o posionamento político da Federação em relação à reincorporação da Refap e os investimentos da empresa no pré-sal, entre outras questões.

 

Refinaria Abreu e Lima

Há cerca de 15 dias, a Federação já havia reunido-se com a Gerência Executiva do Abast para discutir o regime de trabalho dos operadores que estão em treinamento em várias unidades do país, preparando-se para assumirem suas funções na nova Refinaria Abreu e Lima, que ainda está em fase de construção em Pernambuco. Esses operadores estão sendo treinados em regime administrativo, mas deveriam estar alocados no regime de turno. O gerente executivo do Abast, José Carlos Cosenza, informou que corrigiria esta distorção, transferindo os operadores para o regime de turno a partir de setembro. Na reunião de hoje com Paulo Roberto, a FUP voltou a tocar nesta questão e o diretor informou que já a partir de março esses operadores estarão sendo remanejados para o turno, de forma escalonada. Segundo ele, até setembro, não haverá mais nenhum operador fazendo treinamento em regime administrativo.

 

Cronograma de investimentos

Outra questão levantada pela FUP na reunião foi o cronograma de investimentos da Petrobrás na área de Abastecimento. A Federação voltou a ressaltar que o petróleo do pré-sal não deve ser exportado, pois é preciso um controle estratégico destas reservas para garantir a soberania energética do país. Nesse sentido, a FUP entende que é fundamental a Petrobrás manter os investimentos previstos para a ampliação das refinarias e, assim, poder atender às demandas do pré-sal. O diretor Paulo Roberto afirmou que a empresa tem feito todos os esforços no sentido de garantir os investimentos para construção das novas refinarias que estão previstas, assim como as ampliações do atual parque de refino da Petrobrás.

 

Refap

A FUP reiterou sua luta histórica pela reincorporação da Refap aos ativos da Petrobrás. Durante os governos neoliberais do tucanato de FHC, a Federação e seus sindicatos filiados travaram batalhas gigantescas para impedir a fragmentação da empresa em unidades de negócios, assim como a tentativa de privatização da estatal. A categoria realizou diversas mobilizações e greves para impedir a venda de ativos da Refap, Fafen e outras refinarias, como ameaçava FHC. A FUP ressaltou que a luta pela reincorporação da Refap, que teve 30% de suas ações vendidas para o grupo espanhol Repsol/YPF, continua sendo bandeira de luta dos petroleiros, assim como a reincorporação da Petrobrás Transportes.

A FUP destacou ainda que o fortalecimento da Petrobrás enquanto empresa pública faz parte da campanha em defesa do controle estatal e social do pré-sal, através da qual estão sendo coletadas assinaturas em todo o país para apresentarmos um projeto de lei de iniciativa popular ao Congresso Nacional, garantindo uma nova legislação para o setor petróleo. A FUP ressaltou para o diretor Paulo Roberto que a queda do preço do barril do petróleo reforça a importância de investimentos no refino e que esta é a hora para a Petrobrás buscar a incorporação ou a recompra dos 30% das ações da Refap, que hoje estão sob o comando da Repsol/YPF.