Na reunião da Comissão de Acompanhamento do Acordo Coletivo, quinta-feira (05), a FUP voltou a cobrar a abertura imediata…
Imprensa da FUP
Na reunião da Comissão de Acompanhamento do Acordo Coletivo, quinta-feira (05), a FUP voltou a cobrar a abertura imediata da negociação da PLR, mas a Petrobrás continua tratando esta questão de forma evasiva, se amparando na crise do capital especulativo para fugir deste debate. O descumprimento de acordos está virando rotina na empresa. Sempre sob o mesmo pretexto, a crise financeira, a Petrobrás se acha no direito de ameaçar regimes e jornadas de trabalho, não pagar horas extras e o adiantamento da PLR e suspender cursos e treinamentos, aumentando ainda mais a insegurança operacional.
A FUP já deixou claro que os petroleiros não pagarão o ônus de uma crise que não é da classe trabalhadora e sim do capital. A Petrobrás tem se esforçado para evitar que os efeitos desta crise impactem seus projetos, buscando financiamentos para contemplar fornecedores e prestadoras de serviço. Mas enquanto a produção continua de vento em popa, a empresa quer que os trabalhadores sacrifiquem os seus direitos. A FUP e seus sindicatos, assim como as centrais sindicais, intensificarão as mobilizações para impedir que a classe trabalhadora arque com os custos de uma crise, cujo antídoto deve ser justamente o inverso: geração de renda e emprego.
Mobilizações em fevereiro e março
A direção colegiada da FUP reuniu-se sexta-feira, 06, para discutir uma agenda de mobilizações para pressionar a Petrobrás a iniciar a negociação da PLR. A FUP indica a realização de uma mobilização nacional no próximo dia 18, com 24 horas de suspensão das emissões de Permissões de Trabalho (PTs), e outra mobilização nacional no dia 02 de março, com atos e atrasos no expediente, em todas as bases.
A Federação também convoca reunião de seu Conselho Deliberativo para o dia 04 de março, onde serão discutidos os próximos encaminhamentos em relação à PLR. A FUP orienta os sindicatos a realizarem assembléias entre os dias 09 e 13 de fevereiro para que os trabalhadores se manifestem sobre o calendário de mobilização.
Além da abertura imediata da negociação da PLR, as mobilizações indicadas terão como mote a defesa dos direitos dos trabalhadores, contra os ataques da empresa e o descumprimento de acordos firmados com a categoria.