“Os trabalhadores não vão pagar a conta desta crise”. Com este mote a Central Única dos Trabalhadores…
Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia
“Os trabalhadores não vão pagar a conta desta crise”. Com este mote a Central Única dos Trabalhadores (CUT-BA) realizou duas grandes mobilizações no inicio da manhã desta quarta-feira, dia 28/01, na BR 324 e na Via Parafuso, no município de Camaçari. Cerca de 4 mil trabalhadores da área industrial, a exemplo de químicos, petroquímicos e petroleiros, participaram das manifestações. No período da tarde, uma nova manifestação aconteceu na Praça da Piedade, no centro de Salvador, reunindo trabalhadores da área de serviços e comércio. Além de trabalhadores informais.
Diversos sindicatos a exemplo do Sindicato dos Químicos/Petroleiros-BA, Rodoviários, Vigilantes, Construção Civil, Sindlimp, Sindsaúde e Sinditticc, participaram das manifestações. Seguindo a agenda da CUT nacional, a ocasião serviu como ponto de partida da CUT- Bahia no enfrentamento às “supostas” conseqüências trazidas ou que virão a se ocasionar com a crise nos setores da economia, tendo como meta manter e viabilizar um diálogo com o governo e o empresariado, a fim de garantir estabilidade para os trabalhadores.
A CUT e seus sindicatos filiados querem chamar a atenção dos trabalhadores e de toda a sociedade para a necessidade de se fazer uma séria discussão sobre a crise financeira mundial. Para o presidente da CUT-Bahia, Martiniano Costa, o momento não é de derrotismo, mas de enfrentamento, de luta e de propostas concretas para amenizar a situação e garantir os empregos e salários de milhões de trabalhadores.
Neste sentido, na terça-feira, dia 27/01, a CUT e mais cinco centrais sindicais participaram de uma reunião com o governador Jaques Wagner e apresentaram um documento unitário com propostas para “defesa do emprego, salário e direitos sociais.” Foi criada uma comissão tripartite (governo, trabalhadores e empresariado) para acompanhar a crise financeira. A comissão terá seu primeiro encontro dentro de 15 dias. Veja as propostas encaminhadas pelas centrais, na Bahia:
– Redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as empresas que apresentarem problemas em conseqüência da crise com contrapartida social: garantia do emprego e irredutibilidade do salário.
– Manutenção dos acordos celebrados com os servidores públicos do estado.
– Realização de concurso público.
– Ampliar os investimentos e desburocratizar o acesso ao crédito através do Desenbahia para as pequenas e médias empresas.
– Enfrentar o déficit habitacional com mais projetos de moradia popular.
– Intensificar a execução das obras do PAC previstas para o estado.
– Ampliação dos recursos e implementação de programas de emprego e renda para agricultura: Fortalecimento da Agricultura Familiar, intensificar as linhas de crédito, Programa Luz Para Todos, construção de poços artesianos.
– Mais recursos para manutenção e recuperação das estradas estaduais.
– Disponibilizar para domínio público a relação das empresas que receberam incentivos públicos e seus devidos parâmetros.
– Constituir comitê permanente tripartite de monitoramento e combate à crise.