O Sindipetro-NF promove hoje, 25, um Sarau em comemoração ao Dia da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha que acontecerá a partir das 18h30 na sua quadra em Macaé.
A programação do evento incluirá roda de samba, poesia, música, relatos de mulheres negras e suas vivências e falas políticas na quadra de esportes da sede do sindicato.
Contará com a participação de Sônia Santos, jornalista e doutora em literatura; Conceição de Maria, poeta e escritora; Isa Vicente, vereadora de Macaé, Veronica Lima, vereadora de Niterói; Jo Wilme, ativista e cantora; Zoraia Braz, Secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Kátia Magalhães, especialista em Cultura Afro-brasileira; Amanda Amado, cantora, Regional do Biguá, grupo musical; Panelada de Crioula, bloco de carnaval e Andréa Martins, cantora.
“Nossa ideia é marcar a data na cidade com uma atividade voltada para sociedade, onde as mulheres negras mostrarão seu protagonismo” – comenta a diretora do NF, Jancileide Morgado.
Por que marcar a data
O Dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha, lembrado em 25 de julho, reforça a luta histórica das mulheres negras por sobrevivência em uma sociedade estruturalmente racista, misógina, machista, e leva à reflexão sobre a vida dessas mulheres. Para as mulheres negras, a data que foi reconhecida no Governo Dilma, é um dia de luta e resistência!
No Brasil a líder quilombola Tereza de Benguela é símbolo de luta e resistência da comunidade negra e indígena por ter chefiado o Quilombo do Piolho por volta de 1750 enfrentado a escravidão por mais de 20 anos. Sua luta é um exemplo de luta e resistência para as mulheres negras.
As leis de ensino da história africana e afro-brasileira nas escolas, a regulamentação do trabalho doméstico, a democratização do ensino superior e do mercado de trabalho promovidas pelas leis de cotas, por exemplo, são conquistas recentes do movimento negro, que expressam a busca por equidade no país.
“A crise econômica acentuada e a escalada inflacionária no Brasil deixaram as mulheres negras ainda mais vulneráveis. Aqui, a figura do chefe do lar é corporificada pela mulher negra que, em sua maioria é vítima de má-remuneração e do desemprego estrutural, precisando, portanto, batalhar como suas ancestrais do período colonial, para manterem a organização de seus lares e comunidades diante de todas as adversidades e violências.
São essas mulheres que exaltamos e devemos exaltar. São a elas que destinamos a devida a atenção à efetivação de seus direitos à dignidade humana, a moradia, a renda, a educação, saúde, dentre outros que, somente quando disponíveis a todos, sem exceção de raça, classe e gênero, simbolizam o verdadeiro estágio de desenvolvimento social e humano de uma nação” – afirma Gilene Pinheiro, Secretaria de Combate ao Racismo da CUT Bahia.
[Da imprensa do Sindipetro NF]