Categoria está aprovando greve por tempo indeterminado, com data a ser definida pela FUP, caso o governo Bolsonaro encaminhe ao Congresso Nacional projeto de lei de privatização da estatal
[Imprensa da FUP]
Em todas as assembleias que estão sendo realizadas pelos país afora, a contraproposta de Acordo Coletivo apresentada pela atual gestão da Petrobrás está sendo massacrada pelos trabalhadores e trabalhadoras. Considerada uma das piores já apresentadas à categoria, a contraproposta da empresa já foi rejeitada por unanimidade no Espírito Santo, onde o sindicato já encerrou as assembleias, e segue pelo mesmo caminho nas demais bases da FUP.
Além de rejeitar a contraproposta indecorosa da gestão bolsonarista, os petroleiros e petroleiras estão aprovando o indicativo de greve por tempo indeterminado, com data a ser definida pela FUP, caso o governo federal encaminhe ao Congresso Nacional projeto de lei de privatização da Petrobrás.
Nesta segunda, o coordenador geral da Federação, Deyvid Bacelar, participou de assembleias na Replan e na Recap, em São Paulo, onde os trabalhadores rejeitaram por unanimidade as propostas de desmonte do ACT e aprovaram greve. “Essa gestão bolsonarita não tem limite para os absurdos que vem praticando, seja nas privatizações, seja nos peços abusivos dos combustíveis, seja nos ataques aos direitos da categoria. Pedem resiliência aos trabalhadores, enquanto entregam aos acionistas mais de 100% do lucro construído com o nosso trabalho”, afirmou o sindicalista.
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Os coordenadores da FUP (Deyvid Bacelar) e do Sindipetro SP (Juliano Deptula) falam sobre as assembleias
Além de propor um reajuste salarial de 5%, que equivale a menos da metade da inflação do período, a direção da Petrobrás acena com o desmonte de direitos históricos, entre eles a retirada da AMS do ACT, o que significaria a desregulamentação do plano de saúde da categoria. Somam-se a esses, outros ataques, como banco de horas, HETT, regime, segurança no emprego.
A resposta dos trabalhadores aos ataques da gestão da Petrobrás e do governo Bolsonaro não poderia ser outra, se não luta e resistência.
Na Bacia de Campos, as plataformas iniciaram as assembleias na sexta-feira, (01/07) e seguem respondendo à altura à provocação dos gestores da Petrobrás, rejeitando a contraproposta e aprovando greve por tempo indeterminado contra a privatização da estatal.
Os indicativos da FUP também foram respaldados nas assembleias desta segunda na Reman e no Terminal de Suape, em Pernambuco.
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A rejeição em massa à contraproposta do Sistema Petrobrás está se repetindo em todas as bases da FUP, que seguem em assembleias até sexta-feira, 08/07. Veja abaixo o calendário.
Calendário de assembleias das bases da FUP
Sindipetro Amazonas – de 30/06 a 06/07
Sindipetro Rio Grande do Norte – de 29/06 a 06/07
Sindipetro Ceará/Piauí – de 04/07 a 08/07
Sindipetro Pernambuco/ Paraíba – de 01/07 a 08/07
Sindipetro Bahia – 09/07
Sindipetro Espírito Santo – de 27/06 a 01/07 (100% de rejeição à contraproposta e 99% de aprovação à greve)
Sindipetro Minas Gerais – de 30/06 a 08/07
Sindipetro Duque de Caxias – de 29/06 a 06/07
Sindipetro Norte Fluminense – de 01/07 a 07/07
Sindipetro Unificado de São Paulo – de 27/06 a 08/07
Sindipetro Paraná/Santa Catarina – de 27/06 a 06/07
Sindipetro Rio Grande do Sul – de 29/06 a 06/07