A Acelen, operadora da Refinaria Mataripe, antiga RLAM, na Bahia, determinou no último sábado (5) um novo aumento dos combustíveis para as distribuidoras. Foi o quarto reajuste anunciado pela empresa, desde que assumiu o controle da refinaria, em dezembro do ano passado. Só em 2022, já foram três aumentos da gasolina e do diesel e um reajuste do GLP (gás de cozinha), fazendo com que os combustíveis produzidos pela antiga RLAM tenham hoje os preços mais caros do Brasil. O preço da privatização, como a FUP e seus sindicatos sempre alertaram.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o presidente do Sindicato do Comércio de Combustíveis, Energias Alternativas e Lojas de Conveniência do Estado da Bahia (Sindicombustíveis Bahia), Walter Tannus, disse que “os reajustes da Acelen acontecem com uma frequência maior do que a da Petrobras e, como ela tem acompanhado a variação internacional, acaba causando desequilíbrio no mercado”.
“Esses aumentos constantes da Acelen estão inviabilizando a economia baiana e penalizando o consumidor, que está sentindo o galopar dos preços, refletindo numa redução drástica do consumo”, afirmou Walter ao porta de notícias IBahia.
Ele explicou à Folha de São Paulo que os postos de gasolina loalizados nas divisas com outros estados já amargam perdas de 40% a 50% nas vendas, “já que os consumidores têm preferido viajar para encher o tanque com gasolina mais barata em estados vizinhos”.
A reportagem da Folha cita dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) que mostram que a gasolina nos postos da Bahia ficou 3% mais cara em janeiro, enquanto na média nacional o aumento foi de 0,9%.
“Na última semana de janeiro, o preço médio da gasolina no estado ultrapassou a barreira dos R$ 7 por litro, chegando a R$ 7,024. Além da Bahia, quatro estados tinham preço médio acima desse patamar no mesmo período: Acre, Goiás, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro”, destaca o jornal.
Leia a íntegra da reportagem do jornal Folha de São Paulo, publicada no domingo (06/02):