“Vamos encerrar esse ano com muita disposição de luta para mudarmos o rumo do nosso país e da Petrobrás em 2022, elegendo Lula presidente e uma grande bancada de esquerda no Congresso Nacional”. Em mensagem às trabalhadoras e aos trabalhadores petroleiros, o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, fala de esperanças na mudança do cenário político e relembra que 2021 foi um ano muito difícil para as famílias brasileiras.
Além de enfrentar as consequências do negacionismo de um governo antivacina e anticiência, que levou à morte mais de 600 mil brasileiros, a população voltou a sofrer com a fome, com o aumento da miséria, com os índices recordes de desemprego e com a disparada da inflação. No caso dos petroleiros e petroleiras, a categoria enfrentou as privatizações no Sistema Petrobras e os impactos decorrentes do fechamento e da venda de unidades, em meio à perda de colegas e familiares para a Covid-19.
Só na estatal, quase 9 mil trabalhadores foram contaminados, o que equivale a mais de 20% dos efetivos próprios da holding. Desde o início da pandemia, 58 petroleiros próprios perderam a vida para a Covid-19, um número que não representa a dura realidade enfrentada pelos trabalhadores terceirizados, que sequer tiveram os casos de contaminação e mortes registrados pela gestão da Petrobrás.
Paralelamente à insegurança nas unidades operacionais – tanto no que diz respeito aos surtos de Covid, quanto aos riscos crescentes a que categoria está exposta no ambiente de trabalho, em função do desmonte da empresa e da redução drástica dos efetivos -, os petroleiros ainda enfrentaram uma série de ataques a direitos históricos, como regimes de trabalho e benefícios (AMS e Petros).
Enquanto isso, os executivos e os acionistas privados da Petrobrás foram beneficiados por bônus e dividendos milionários, pagos às custas da privataria e de uma política de reajuste dos combustíveis, que aumenta a fome e a miséria do povo brasileiro.
A FUP e seus sindicatos resistiram o quanto puderam aos ataques de uma gestão que é a imagem e semelhança do governo Bolsonaro. Além de greves e mobilizações contra as privatizações, os petroleiros realizaram diversas ações solidárias de subsídio do botijão de gás de cozinha em comunidades periféricas, distribuição de cestas básicas e de refeições em cozinhas solidárias junto com movimentos sociais, além de denúncias sobre os impactos das privatizações, através de ações jurídicas e de participação em audiências públicas, de Norte a Sul do Brasil.
“Definitivamente, não foi um ano fácil. Nós lutamos contra as privatizações na Petrobrás, lutamos por combustíveis a preços justos, contra o desemprego e a fome. Em 2022, nós iremos fortalecer essa luta para que seja um ano melhor e possamos colocar um ponto final nesse governo negacionista e fascista. Será um ano de mudanças, que culminará com as eleições de outubro e nós, petroleiros e petroleiras, vamos à luta para eleger Lula presidente da República, com uma grande bancada de esquerda no Congresso Nacional”, afirma Deyvid.