“Estou cozinhando a lenha porque não tenho condições de comprar um botijão de R$100,00. Esse bujão de R$ 50,00 veio na hora certa”, confessou o mototaxista Val da Caboronga, que participou na manhã desta quarta-feira (13), de mais uma ação do preço justo do gás de cozinha, realizada pelo Sindipetro Bahia na cidade de Ipirá, interior da Bahia.
Este é o segundo ano consecutivo que o Sindipetro realiza a ação na cidade de Ipirá, que tem como principal renda as atividades no comércio varejista e indústria de produtos de couro.
Assim como em outros municípios da Bahia e bairros da cidade do Salvador, a ação do Sindipetro foi recebida com grande expectativa pela população que não tem condições de pagar R$ 100,00, ou mais, por um botijão de gás e reivindica que o produto seja vendido a um preço justo.
Este é o caso de dona Maria dos Santos Mota (foto acima), que chegou cedo à fila no centro de abastecimento local da feira livre para garantir o produto a um preço acessível. “O bujão tá numa carestia terrível que com o salário que a gente tem não dá pra nada”, reclamou a dona de casa, que saiu satisfeita levando o seu bujão cheio para casa.
Ação educativa e solidária
Foram vendidos 100 botijões de gás ao valor unitário de R$ 50,00. O restante do valor foi subsidiado pelo Sindipetro Bahia que há cerca de três anos vem realizando esta campanha solidária, em conjunto com a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e outros sindicatos de petroleiros do país, para chamar a atenção da população e da imprensa para a atual política de preços da Petrobrás, responsável direta pelo sucessivos aumentos dos preços do gás de cozinha, gasolina e diesel.
Educativa, a ação tem como objetivo não só denunciar a política de preços da Petrobras, mas pressionar a direção da estatal a mudar esta política.
“As pessoas participaram de forma muito organizada, sem nenhum problema e fizemos uma discussão muito importante com os presentes na fila e com quem estava no entorno da localidade. Debatemos sobre o motivo do gás de cozinha aumentar tanto em nosso país. Do erro que é esta politica de preços praticada pela Petrobrás”, explicou o Diretor de Comunicação do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa.
Arlete do Sindical, que representa o Sindicato de Calçados de Ipirá, uma das entidades que solicitou que o Sindipetro voltasse à cidade para realizar mais uma ação do preço justo, falou do empenho do seu sindicato para divulgar a atividade, “para que o povo possa entender o quanto o governo federal tem sido maléfico para a população, principalmente para aquela mais carente”.
[Da imprensa do Sindipetro Bahia]