Realizada entre os dias 04 e 07 de julho de 2002, em Salvador, a oitava edição do CONFUP ratificou o apoio dos petroleiros à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais e referendou a Carta ao Povo Brasileiro, documento onde foram expostos os principais eixos de sua campanha. Os 351 delegados do Congresso também aprovaram, junto com os delegados que participaram da Plenária Nacional da CNQ, um documento de contribuição à candidatura de Lula, onde foram relacionadas 26 bandeiras de luta dos trabalhadores do ramo. Não à ALCA, suspensão do Programa Nacional de Desestatização, redução da jornada de trabalho, reposição das perdas salariais, reforma agrária e geração de empregos foram alguns dos pontos enfocados pelo documento.
O VIII CONFUP também elegeu a nova diretoria da FUP, cujo coordenador geral passou a ser Antônio Carrara, coordenador do Sindipetro-Campinas e diretor na antiga gestão da Federação. Os delegados também votaram seis dos 11 artigos do estatuto da FUP que a Plenária Estatuinte realizada em janeiro de 2002 remeteu ao CONFUP. Foram alterados os artigos 4, 5, 6 e 7 do estatuto. Os delegados aprovaram também importantes resoluções sobre a campanha reivindicatória dos trabalhadores do Sistema Petrobrás e do setor privado, além da composição de uma chapa única do Comitê em Defesa dos Participantes da Petros (CDPP) para disputar as eleições para os Conselhos Deliberativo e Fiscal da Petros. No Plano de Lutas aprovado no VIII CONFUP foram incluidas mobilizações contra o Veto de FHC à anistia dos demitidos e atos contra a ALCA.