Depois de Audiência de Conciliação e Instrução com o TRT no dia 30 de agosto, os trabalhadores da Manserv retornaram ao trabalho no dia 31.
“Nós agradecemos o apoio das entidades, mostramos para os demais trabalhadores que compensa lutar. Vamos continuar na luta. Tivemos uma audiência no TRT e conseguimos que as empresas cumpram pelo menos 70% das causas coletivas. Vamos continuar com nosso trabalho, continuar cobrando. Vale a pena a luta. Juntos somos mais fortes”, avalia o coordenador do Sitramonti, Vilmar de Souza e Silva.
Na audiência, ficou acordado que a empresa Manserv pagará o abono de 2021, do valor correspondente a 55h; pagará o abono de 2019 em duas parcelas, as primeiras 55 horas em 30/09/2021 e as 55 horas restantes em 15 de outubro de 2021, conforme apuração dos trabalhadores que tenham o direito; a empresa se compromete a não exercer qualquer tipo de retaliação ou perseguição aos trabalhadores que aderiram à paralisação; a empresa abonará 3 dias não trabalhados em virtude da greve; os trabalhadores compensarão 3 dias, em até três meses, observado o limite legal de jornada.
“Podemos dizer que os trabalhadores da Manserv saem desta greve de cabeça erguida. Sabem que o patrão não pagaria nada se os funcionários não tivessem lutado, e sentem que muita coisa ainda está por vir. Todos os petroleiros devem entender que a luta dos trabalhadores da Manserv assim como foi a luta dos trabalhadores da Mazza Engenharia deve ser motivo de orgulho e exemplo. Os patrões vão pensar duas vezes, antes de descumprir os acordos”, afirma o diretor do Sindipetro MG Leonardo Auim. “Lutaremos para que no futuro a Petrobrás não use destes mecanismos de terceirizar, contratando gatas que nem acordo coletivo cumprem. É fácil fingir que não vê e se beneficiar da exploração do peão!”, pontua o diretor.
[Da imprensa do Sindipetro MG]