Demissão de terceirizados impacta trabalho na Regap

Neste mês, uma demissão injustificada de oito trabalhadores da Manserv – empresa terceirizada que há anos presta serviço para a Petrobras – provocou inseguranças. Segundo as informações que chegaram ao sindicato, foram demitidos oito funcionários que atuavam na Regap e, na mesma semana, um trabalhador da Usina termelétrica de Ibirité, após retorno de licença médica.

Dos oito trabalhadores da Regap, ao menos quatro tinham muitos anos de experiência na área de manutenção. Segundo o diretor do Sindipetro Paulo de Tarso Vieira, que é fiscal e ajuda na avaliação do pessoal que tabela com os funcionários próprios da refinaria, não houve explicação para as demissões, que foram feitas repentinamente.

“Um dos trabalhadores tinha 34 anos de experiência. É um acúmulo que a própria empresa perde. Claro que com isso há uma queda na qualidade da prestação do serviço, e também na relação de confiança. A gente não sabe o motivo, e pode ter a ver inclusive com a fiscalização. Ou pode ser perseguição, não tem como saber”, lamenta Paulo de Tarso.

Ele também destaca que há já havia um problema com a terceirização da manutenção, que deveria ser feita pela Petrobras. E demissões como estas deixam a situação ainda mais insegura.

O Sindipetro MG alerta que outras empresas terceirizadas também têm realizado demissões injustificadas. “Essas ações injustificadas ou tratadas de forma obscura são mais uma marca da gestão bolsonarista na Petrobras,  que infelizmente vemos acontecer em várias esferas do governo federal”, destaca Alexandre Finamori, coordenador do sindicato.

Congresso pauta tema das terceirizações

No 35º Congresso, a categoria decidiu acompanhar mais de perto o tema, e foi criado um GT para discutir os detalhes. “Sabemos que as terceirizações precarizam as condições de trabalho e que o justo seria todas as funções serem primarizadas e garantidas pela Petrobras. Além de boas condições de vida para as pessoas que atualmente trabalham como terceirizadas – as vezes até quarteirizadas, o sindicato defende também que haja maior zelo com a segurança, formação e condições de trabalho”, diz Finamori.

[Imprensa do Sindipetro MG]