A FUP e seus sindicatos realizam mais uma força tarefa esta semana em Brasília para impedir a votação no Senado do Projeto de Lei 8.939/17, que autoriza a Petrobrás a abrir mão de 70% dos cinco bilhões de barris de petróleo da Cessão Onerosa do Pré-Sal. De autoria do deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA), o projeto já foi aprovado a toque de caixa na Câmara e está novamente sofrendo pressão do governo Temer e das petrolíferas estrangeiras para ser votado em regime de urgência também no Senado.
Assim como fizeram na Câmara, os dirigentes sindicais estão percorrendo os gabinetes dos senadores desde a semana passada, alertando os parlamentares sobre os prejuízos que o projeto causará ao país e à Petrobrás. Junto com senadores do campo da esquerda, a brigada petroleira arrancou o compromisso do presidente da Casa, senador Eunicio de Oliveira (MDB/CE), de não colocar o projeto em pauta antes do recesso parlamentar, que ocorre entre 18 e 31 de julho. Petroleiros do Sindipetro Ceará também buscaram apoio de parlamentares do estado, que ajudaram a articular o posicionamento do senador neste sentido.
“Ganhamos mais uma batalha e seguimos na guerra. Precisamos continuar a mobilização junto à sociedade brasileira, explicando os impactos negativos desse projeto para impedir que ele entre em pauta após o recesso”, afirma o diretor da FUP, Deyvid Bacellar, que segue em Brasília, articulando novas ações de resistência contra a entrega do Pré-Sal.
Além de tirar da pauta do plenário o texto do PL 8.939/17, o presidente do Senado também se comprometeu a não colocar em debate antes do recesso parlamentar a privatização das seis distribuidoras de energia controladas pelas Eletrobras, cujo projeto já foi aprovado na Câmara e deve ter os destaques votados ainda esta semana.
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[FUP]