Na segunda (28), diretores do Sindipetro MG se reuniram com o secretário de saúde de Betim, Augusto Viana, com a presença do vereador Tiago Santana (PCdoB), que ajudou na interlocução. A reunião aconteceu depois que o sindicato enviou ofícios para a secretaria (foram enviados também para Belo Horizonte, Betim, Juiz de Fora, Ibirité e Montes Claros), solicitando informações sobre a vacinação dos trabalhadores da indústria, grupo classificado como prioritário no Plano Nacional de Imunização, mas que ainda não foi contemplado nas cidades onde há unidades da Petrobras em Minas Gerais. A única exceção é Juiz de Fora, que abriu cadastro para industriais.
Segundo o secretário, a cidade está agora na etapa 16 do Plano Nacional de Imunização. Porém algumas etapas entre o 16 e o 27 foram antecipadas, por decisão estratégica do município.
“O secretário confirmou que estamos na lista. Será feita uma solicitação formal da secretaria de saúde para as empresas, com a finalidade de saber o número de pessoas a serem imunizadas”, informa o diretor Marcelo Maia. Segundo o diretor, o secretário reforçou que a cidade já solicitou a disponibilização das vacinas para a secretaria estadual de saúde. Ainda está em aberto o planejamento sobre como será a vacinação dos trabalhadores da indústria de Betim, como os funcionários da Regap, se nos postos de saúde ou nos locais de trabalho.
“Foi uma boa reunião, fruto da articulação do sindicato. Foi uma oportunidade de levar os anseios e a urgência de nossa categoria sobre a vacinação, ainda mais diante de tanto descaso por parte da gestão da Petrobrás. O secretário deixou claro que a imunização de trabalhadores industriais está sendo planejado pela prefeitura, apesar da limitação do envio de vacinas pelo Governo Federal e da restrição de 30% das remessas para grupos prioritários. Vamos seguir em contato com a prefeitura para que a imunização dos petroleiros aconteça o mais rápido possível.”, reforça o diretor do sindicato e da CUT Minas, Felipe Pinheiro.
Nove mortes
Trabalhadores de setor essencial, os petroleiros seguem em atividade desde o início da pandemia. Apenas na Regap, foram mais de 430 contaminados e nove mortes pelo novocoronavírus.
“Nem a Regap e nem a Petrobras se movimentaram para ajudar na vacinação dos trabalhadores”, denuncia o diretor Marcelo Maia.
[Da imprensa do Sindipetro-MG]