Nas últimas semanas o Sindipetro voltou a receber denúncias de aumento do número de trabalhadores diretos e terceirizados da Petrobrás na Bahia que foram infectados com o vírus do Covid-19. Os trabalhadores estão preocupados e se sentem inseguros, pois segundo eles não está havendo a devida preocupação com as regras de prevenção, principalmente nas empresas terceirizadas.
Na unidade de Candeias, segundo denúncia, há um supervisor afastado do trabalho devido à Covid-19, uma funcionária terceirizada que estaria na UTI de um hospital e outros trabalhadores contaminados.
Os trabalhadores denunciam que a Petrobrás está deixando de ser rigorosa nos testes e controle dos seus colaboradores. Fato esse que pode ser comprovado devido ao aumento do número de casos de Covid-19na estatal como demonstrou a FUP em recente matéria publicada em seu site. A Federação divulgou informações do grupo de Estrutura Organizacional de Resposta da Petrobrás (EOR), responsável pelas ações de gestão relativas à pandemia da Covid-19 nas unidades da empresa.
De acordo com essas informações “em apenas uma semana, o número de trabalhadores da Petrobrás que contraíram Covid-19 saltou de 4.048 para 4.250, um aumento de 5%. No dia 06 de janeiro, eram 525 casos ativos, dos quais 210 confirmados e 54 em triagem. No último dia 12, esses números subiram para 556 novos casos registrados, sendo que 226 confirmados e 73 em triagem. O número de trabalhadores infectados que estão hospitalizados também aumentou, passando de 20 para 24, sendo que a quantidade de petroleiros em UTIs saltou de oito para 13”.
O agravante é que o crescimento do número de casos é bem maior do que o apontado pela estatal, pois a Petrobrás não contabiliza os casos ativos de Covid entre os trabalhadores terceirizados. Reportagem da imprensa da FUP mostra que cerca de 10% dos efetivos próprios já foram contaminados e que na “última semana, pelo menos dois trabalhadores da Petrobrás perderam a vida em função da Covid: um em Manaus e outro no Paraná. A empresa continua omitindo dos sindicatos os números de óbitos, tanto de trabalhadores próprios, quanto de terceirizados”.
[Da imprensa do Sindipetro-BA]