Quatro trabalhadores, sendo que dois operadores da Petrobrás, um da Proquigel e mais um técnico de segurança da empresa Previna, passaram mal e tiveram de ser socorridos após consumirem comida estragada servida pela Fafen Bahia, no turno das 19h às 7h, dos dias 15 e 16/10.
Eles apresentaram vômitos e fortes dores no abdômen e foram inicialmente atendidos no ambulatório da Fafen. Mas mesmo se sentindo muito mal, o operador da Proquigel e o trabalhador da Previna, foram obrigados a esperar pelo socorro, pois, segundo relatos dos empregados, a UN-BA alegou que a ambulância disponível é para atender apenas aos funcionários próprios da estatal e não autorizou a utilização da mesma para socorrer os operadores da Proquigel.
Mesmo com dor, eles tiveram de esperar até às 8h dessa sexta (16) até que a ambulância da Unigel chegasse à Fafen, quando foram levados à Clinica Santa Helena, em Camaçari, onde ficaram internados.
Atentado à vida
Segundo relatos colhidos, a cozinha da empresa teria ficado três dias sem energia elétrica e mesmo assim os alimentos teriam sido servidos aos trabalhadores.
A má qualidade da comida sempre foi motivo de reclamação. Por conta disso, os trabalhadores da estatal vêm tentando que a Petrobrás forneça o ticket-alimentação, mas a empresa alega que é preciso manter o fluxo da cozinha para que ela permaneça ativa. As reclamações giravam em torno da comida que vinha salgada, sem gosto, ou com pouca carne, mas servir comida estragada passa de todos os limites. O que aconteceu foi um atentado à saúde e à vida do trabalhador, patrocinado pela própria empresa.
Desumanidade
Chamou a atenção também a falta de humanidade dos atuais gestores da Petrobrás. Não satisfeitos em já estarem causando tanto sofrimento aos trabalhadores da Bahia, com o fechamento e arrendamento da Fafen, e as já anunciadas vendas da Refinaria Landulpho Alves, Transpetro, Pbio e diversos campos terrestres, eles ainda encontram tempo para atitudes mesquinhas como a de não liberar a ambulância para os Trabalhadores da Unigel e Previna serem socorridos.
Isso é mais uma prova da gestão desumana da estatal, sob as ordens do governo Bolsonaro. Para esses “gestores” a vida dos trabalhadores não vale nada e está claro que pouco ou nada farão para amenizar/ mitigar as consequências dos males que ela mesma está causando , tanto para a economia e geração de empregos , quanto para a saúde mental dos trabalhadores afetados por essa gestão entreguista.
O Sindipetro Bahia exige uma explicação e mudanças imediatas na qualidade e na forma como as refeições vêm sendo servidas. Ao mesmo tempo que chama a atenção do Grupo Unigel para a necessidade de manter uma ambulância no local de trabalho.
[Da imprensa do Sindipetro Bahia]