[Da imprensa do Sindipetro-BA]
Com uma economia baseada no setor petrolífero, a cidade de Catu, distante 78 km de Salvador, sedia uma importante unidade do Sistema Petrobrás na área de exploração e produção de petróleo e gás: a UPGN de Santiago, onde a Vigília Petroleira em Defesa da Petrobrás e da Bahia chegou nessa terça (11).
Atualmente, Santiago tem cerca de 200 trabalhadores entre próprios e terceirizados e importância estratégica, pois processa boa parte do gás natural produzido na Bahia. Também está localizado em Santiago, o GASCAC, base da Transpetro que faz a operação e processamento do gasene, através do Gasoduto Nordeste, atravessando o Nordeste em direção ao Sudeste do país.
Catu
Localizada no Recôncavo Baiano, Catu é umas das cidades do país com maior tradição na indústria do petróleo. Foi nesse município que na década de 1960 foi descoberto o Campo de Água Grande, responsável por manter a produção de petróleo da Bahia em alta por décadas. Ainda nesse período foi construída em Catu a Planta de Processamento de Gás Natural, que era popularmente chamada de planta de gasolina.
A Petrobrás mudou a realidade de Catu. A estatal chegou a ter uma sede na cidade e construiu um conjunto residencial para acomodar os trabalhadores, que, por sua vez, injetaram o dinheiro dos seus salários na economia do munícipio, contribuindo para o crescimento do comércio e serviços da cidade.
A estatal também foi a responsável pela construção do Hospital Municipal de Catu. Além de ter atraído inúmeras empresas privadas de petróleo que se instalaram na região. Onde a Petrobrás está a economia gira, os municípios arrecadam royalties e ISS e a população ganha com a oferta de empregos diretos e indiretos.
Mas desde o governo Temer, a direção da Petrobrás vem aprofundando o processo de desmonte da estatal, chegando, agora, no governo de extrema direita de Bolsonaro, a níveis preocupantes.
De um munícipio que já viveu a fase áurea do petróleo e que depende do ouro negro para garantir a qualidade de vida de sua população, Catu, hoje, já sente os impactos do desinvestimento da Petrobrás. Com o desemprego em alta e prejuízos na sua economia, a cidade será ainda mais prejudicada com a venda das unidades da estatal para a iniciativa privada, que além de investir menos, tem o hábito de reduzir os postos de trabalho e oferecer salários baixos.
O Coordenador Geral do Sindipetro Bahia, Jairo Batista, que está acompanhando a vigília, lembrou que “a UPGN Santiago, que chegou a ter mais de 2 mil trabalhadores, já foi símbolo da grandeza da Petrobrás para a Bahia , mas hoje, infelizmente encontra-se sucateada”. Ele ressaltou a importância da vigília como forma de denunciar para a sociedade o crime que e está sendo cometido contra estatal e o povo brasileiro.
Batista, acompanhado de outros diretores, percorreu a cidade de Catu com ônibus adesivo da campanha, onde conversou com a população e distribuiu máscaras e álcool em gel. “Uma pequena contribuição do Sindipetro Bahia para aqueles que não têm condições de obter esses produtos, imprescindíveis para a proteção contra a covid-19”, pontuou.
Assista ao vídeo da vigília em Taquipe:
Veja abaixo o calendário da vigília:
31 de julho (sexta) – Salvador – Torre Pituba
3 de agosto (segunda) – Itabuna – Osub
4 de agosto (terça) – Jequié – Transpetro
5 de agosto (quarta) – Candeias – OP-Can e Petrobrás Biodiesel
6 de agosto (quinta) – São Francisco do Conde – Rlam
7 de agosto (sexta) – Madre de Deus -Temadre
10 de agosto (segunda) – São Sebastião do Passé – Taquipe
11 de agosto (terça) – Catu – Santiago
12 de agosto (quarta) – Mata de São João
13 de agosto (quinta) – Camaçari – Fafen
14 de agosto (sexta) – Alagoinhas – Buracica
17 de agosto (segunda) – Entre Rios – Bálsamo
18 de agosto (terça) – Araças – Unidade de Araças
19 de agosto (quarta) – São Francisco do Conde – Refinaria Landulpho Alves (Rlam).
Assista ao vídeo gravado em frente ao Temadre: