[Da imprensa do Sindipetro-BA]
Com muito alarde, o Grupo Unigel anunciou a reabertura das fábricas de fertilizantes da Bahia e Sergipe, a partir de 1º de janeiro de 2021, após a operação de arrendamento ter sido aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Em entrevistas à imprensa, o CEO Roberto Noronha enfatizou que a reabertura das fábricas na Bahia e Sergipe vai gerar 1.500 empregos diretos e indiretos.
Mas não falou que antes do arrendamento, quando as duas unidades da FAFEN estavam sob a responsabilidade da Petrobrás, 2.500 trabalhadores, entre diretos e indiretos, estavam empregados.
Portanto, com o arrendamento da FAFEN, houve uma perda de mil postos de trabalho, o que acarreta também na diminuição da arrecadação de impostos pelo estado e munícipios, além de uma menor circulação de dinheiro no comércio.
Outro grande problema é a redução da massa salarial per capita. Chegou ao conhecimento do Sindipetro que a Unigel está oferecendo aos operadores ¼ do salário que era pago pela Petrobrás. Desta forma, o grupo nunca conseguirá injetar na economia os mesmos recursos injetados pela Petrobrás.
Parafraseando o CEO da Unigel, só que ao contrário, vamos dizer assim que a operação de arrendamento é um perde-perde. Ninguém ganha.
O fato é que há muito mais a se lamentar do que a comemorar.
Como representante dos trabalhadores da Fafen, o Sindipetro Bahia irá procurar a Unigel para discutir as condições de contratação, da segurança operacional, das condições de trabalho e preservação do meio ambiente, pois a direção da entidade tem amplo conhecimento de como funciona a operação dessas unidades, que, entre outras coisas, precisa estar adequada à NR13.