[Da imprensa do Sindipetro-AM]
Alguns dias após recebermos um documento em que a Reman [Refinaria de Manaus] afirma que a segurança é um dos principais critérios levados em consideração nas ações da gerência, o Sindipetro-AM foi informado sobre o distúrbio operacional que interferiu no processamento da refinaria durante esta semana. O “incidente” ocorreu em menos de dois meses após o incêndio na Reman.
O Sindipetro questiona quais são os critérios de segurança prezados pela atual gerência da Reman? Por que os critérios não evitaram o incêndio e o distúrbio operacional? As medidas de segurança atendem a qual categoria?
O distúrbio operacional ocorreu após a queda de energia. O retificador não retornou para as condições normais de operação, o que acarretou na parada dos equipamentos das torres de resfriamento e ocorreu o distúrbio operacional nas unidades de processamento. Diante das condições da redução do quadro do efetivo com apenas com um operador de console, a situação ficou complexa de ser controlada, ao ponto de as empresas ao redor da refinaria ficarem preocupadas diante da altura de fogo do flare.
Para o Sindipetro-AM, o distúrbio operacional é mais uma das consequências de decisões unilaterais da gerência da Reman que incluem a falta de manutenção de equipamentos e a redução do efetivo com uma tabela de turno exaustiva, em meio a realidade crítica de parada e retorno de unidades. E ressalta que devido a pandemia do covid-19 são necessárias decisões importantes e cautelosas, principalmente relacionada aos trabalhadores que pertencem ao grupo de risco. E que as ações unilaterais da atual gerência da Reman colocam em risco permanente a segurança dos trabalhadores.
Mesmo com evidências que as medidas de segurança tomadas pela gerência estão sendo ineficazes, a Reman continua sem dialogar com o Sindicato e tomando decisões semelhantes as que ocasionaram a morte do companheiro Rafael Santana.