No inicio da manhã dessa quarta-feira (12), trabalhadores próprios e terceirizados da Refinaria Landulpho Alves, realizaram um grande ato para marcar o 12º dia de greve da categoria e afirmar a disposição de continuar na luta até que a direção da Petrobras negocie e cumpra o que foi acordado no ACT.
Após o ato eles caminharam até o portão principal da RLAM quando os diretores do Sindipetro Bahia conversaram com a gerente de RH da unidade a fim de cumprir a liminar proferida pelo Ministro Yves Gandra, que determina que um efetivo de 90% seja colocado à disposição da estatal durante a greve.
A gerente não soube responder às perguntas feitas pelo coordenador do Sindipetro, Jairo Batista. E até o momento não houve uma resposta clara da Petrobras, na Bahia, em relação ao assunto.
Em ofício enviado a todos os gerentes, cujas unidades estão em greve, o Sindipetro Bahia pede esclarecimentos da empresa para que seja possível cumprir a liminar. Mas a estatal vem, reiteradamente, negando informações sobre efetivos e impedindo o acesso dos trabalhadores às unidades.
A preocupação, segundo Jairo, é com os trabalhadores que permanecem dentro da unidade e estão sendo impedidos de sair, mesmo após cumprir a sua jornada de trabalho. “A gerência está colocando em risco a saúde e segurança desses trabalhadores. A Petrobrás no seu jogo intransigente não está permitindo que os sindicatos cumpram a liminar”.
Os petroleiros seguem mobilizados em todo o país, cobrando a suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), previstas para terem início na sexta-feira, 14, e o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho. Mais de 20 mil petroleiros de 102 unidades do Sistema Petrobrás participam do movimento.
Na Bahia, a greve segue forte nas unidades da UO-BA (Santiago, Miranga, Araças, Taquipe, Bálsamo, Candeias e Buracica) da Petrobrás, onde se localizam os campos terrestres de petróleo.
Na Refinaria Landulpho Alves, no Terminal de Madre de Deus e na PBIO (fábrica de biocombustível), os petroleiros também estão paralisados.
O movimento paredista envolve trabalhadores próprios (concursados) e terceirizados.
Fonte – Sindipetro Bahia