Em assembleia ocorrida na manhã desta segunda-feira, 03, petroleiros da Base 34 em Mossoró aprovaram estado de greve para a categoria. Chamado pelo SINDIPETRO-RN, a sessão começou por volta das 8h30min, em frente a base administrativa da Petrobrás nas margens da BR 304 e durou cerca de uma hora.
De acordo com o Secretário Geral do SINDIPETRO-RN, Pedro Lúcio, eram dois os objetivos principais da assembleia: denunciar descumprimento de cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho por parte Petrobrás, e se posicionar contra a demissão de trabalhadores públicos e terceirizados, transferências indiscriminadas e venda de ativos.
Por ampla maioria a categoria decidiu pelo Estado de Greve com objetivo se inserir no movimento grevista nacional de forma mais efetiva nos próximos dias.
O diretor do Sindipetro destacou os avanços da greve no país, em destaque para a Comissão Nacional de Negociação Permanente que está instalada desde sexta-feira (31/01) na sala de reunião 01 do quarto andar do edifício sede da Petrobras (Edise), onde funciona a Gerência de Recursos Humanos.
Em duas decisões consecutivas no sábado (01/02), a Justiça do Trabalho do Rio de janeiro negou liminar à Petrobrás, que pretendia expulsar a Comissão do prédio. A juíza Rosane Ribeiro Catrib autorizou a permanência dos petroleiros, enfatizando a legitimidade da Comissão de Negociação. A gestão da Petrobrás, no entanto, continuou apostando no confronto e desligou a energia elétrica e o fornecimento de água no andar onde estão os dirigentes da FUP.
A juíza expediu nova liminar, determinando o restabelecimento da luz e água, sob pena de multa de R$ 100 mil por hora de descumprimento. A gestão da empresa atendeu, parcialmente, a determinação, religando a luz e a água, mas ainda mantém o ar condicionado da sala desligado. A sala onde estão os petroleiros continua sem qualquer tipo de ventilação, apesar do calor escaldante do Rio de Janeiro.
A Comissão de Negociação Permanente da FUP não recuará e continuará na sede da Petrobrás até que a gestão da empresa apresente uma solução que evite a demissão em massa dos trabalhadores da Fafen-PR e estabeleça negociações que de fato atendam ao que foi pactuado no Acordo Coletivo de Trabalho, em novembro do ano passado.
A greve dos petroleiros segue forte em todo o país, nas unidades operacionais, e ganhará reforço nesta segunda, com a adesão dos trabalhadores do horário administrativo.
[Via Sindipetro-RN, com informações da FUP]