Pela terceira vez, os trabalhadores das bases de terra do Norte Fluminense se reuniram no Ginásio Juquinha do Tênis Clube para uma assembleia da Categoria. Dessa vez foi para avaliar o indicativo da FUP e dos Sindicatos de aprovação da proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho no dia 25 de outubro.
Estiveram presentes 1359 pessoas, mas votaram efetivamente 1220 petroleiros e petroleiras. Do total de votantes, 90% aprovaram o indicativo de aprovação da proposta (veja quadro abaixo).
Apesar do calor intenso, que foi amenizado por climatizadores e ventarolas, a assembleia aconteceu de forma tranquila e contou novamente com exposições do Dieese e do assessor jurídico Normando Rodrigues, além das falas do diretor do NF, Sérgio Borges, do Coordenador do sindicato, Tezeu Bezerra e do Coordenador da FUP, Zé Maria Rangel.
O Diretor Sergio Borges esclareceu as dúvidas que surgiram da categoria e foram postadas nas redes sociais do sindicato e mostrou três pontos que a gestão bolsonarista da Petrobrás queria atingir através desse ACT e não conseguiu, que eram o barateamento da força de trabalho para facilitar a privatização, o ataque ao movimento sindical petroleiro e a alteração no custeio da AMS
Para Normando a aprovação da proposta do TST não se tratava de um acordo de paz, mas uma trégua na guerra que representa os ataques que a Petrobrás vem sofrendo. Ele lembrou que essa proposta mantém o turno de 8 horas com cinco turmas e o 14×21.
A explicação sobre o limite nas negociações ficou a cargo do Coordenador Tezeu, que reforçou a importância de fechar esse ciclo e partir para a luta contra a privatização, que deve ser o principal foco da categoria. “Estamos assistindo a venda das plataformas da Bacia de Campos e vários companheiros sendo desimplantados, precisamos sair em defesa da Petrobras, dos nossos direitos e nossos empregos” – disse.
“Temos que virar a página do ACT e centrar nossas energias em defesa da Petrobrás. Essa tem que ser nossa bandeira.” Com essa fala, o Coordenador da FUP, Zé Maria Rangel, reafirmou a necessidade da categoria estar unida em defesa da empresa e dos seus empregos que estão sendo atacados a todo momento pela gestão. “estão transformando a Petrobrás em uma exportadora de óleo cru e não numa empresa integrada e mola propulsora do desenvolvimento do país.
Resultado da Assembleia das bases de terra
A favor | Contra | Abstenção | |
01 – Aprovação da proposta apresentada pelo TST no dia 25/10 | 90% | 9% | 1% |
02 – Se a Petrobrás não aprovar até o dia 03/11 a nova proposta apresentada hoje pelo TST, a greve pelo Acordo Coletivo será retomada* | 57% | 33% | 10% |
* Apesar da empresa ter divulgado o seu aceite, a diretoria do sindicato decidiu manter esse ponto em pauta para apreciação da categoria
[Via Sindipetro-NF]