Na Bahia, a categoria petroleira atendeu ao chamado do Sindipetro, das centrais sindicais e movimentos sociais e aderiu à greve de 24 horas contra a reforma da previdência, os cortes na educação, o desemprego e os ataques do governo à soberania nacional e às empresas públicas e estatais.
A forte adesão dos trabalhadores e trabalhadoras fez com que houvesse corte de rendição na RLAM, PBIO, FAFEN, termelétricas e em várias unidades da UO-BA.
Na RLAM, a greve teve inicio às 23h de ontem, 13/06, com o corte de rendição da turma 5, e prossegue com o corte de rendição das 7h e das 15h. O movimento será encerrado às 23h de hoje (14), com a liberação da troca de turno.
No edifício Torre Pituba (EDIBA), onde funciona o administrativo da Petrobrás, a adesão também é grande. A maioria dos trabalhadores sequer compareceu ao local de trabalho.
Outros que compareceram ficaram do lado de fora em apoio ao movimento. Um deles foi o geólogo, Vicente Pereira da Silva, que trabalha há 32 anos na Petrobrás. “Vim aqui hoje porque acredito nessa luta. Vamos fazer o que for possível para impedir a venda dessa empresa maravilhosa e fundamental para a economia brasileira e respeitada no mundo todo pelo seu valor técnico, que levou às descobertas do pré-sal e de outras jazidas minerais importantes”, afirmou Vicente.
Representantes do MAB, MTD, Senge e Levante Popular da Juventude, se juntaram aos petroleiros em frente ao prédio do EDIBA. Também estavam presentes vários participantes do Fórum em Defesa da Petrobras na Bahia, que engloba entidades como a ASTAPE, AMBEP, AEPET, ABRASPET, CEPE´s, além do próprio Sindipetro.
Para o coordenador do Sindipetro Bahia, Jairo Batista, a participação da categoria está sendo muito boa. “Foi uma grande e forte adesão, o que é um claro sinal de que os trabalhadores estão dispostos a fazer a luta, o que é imprescindível, principalmente nesse momento em que direitos históricos e a própria Petrobrás estão em risco. Podemos perder tudo se não houver união e mobilização”.
Ainda hoje, às 15h, a convocação é para a manifestação no Campo Grande, em Salvador. O Sindipetro Bahia conta com grande participação da categoria petroleira, que vem se conscientizando da importância dos atos de rua e da mobilização da classe trabalhadora para reverter essa conjuntura tão adversa à sociedade brasileira.
[Sindipetro Bahia]